Ibovespa Recua: Juros, Balanços e Exterior Pressionam Bolsa Brasileira

Ibovespa recua após nove altas, pressionado por exterior e balanços. Bolsa brasileira ajusta-se com cautela em meio a alertas de correção.
Ibovespa recua — foto ilustrativa Ibovespa recua — foto ilustrativa

O Ibovespa registra uma queda moderada nesta terça-feira, interrompendo uma sequência de nove altas consecutivas. O Mercado acionário brasileiro ajusta-se enquanto investidores digerem resultados corporativos e antecipam mais balanços, incluindo o do Itaú Unibanco. Por volta das 10h40, o índice de referência da B3 cedia 0,21%, alcançando 150.134,72 pontos, após ter superado a marca histórica de 150 mil pontos no dia anterior.

No cenário Internacional, futuros de ações americanas apresentavam recuo, reflexo da cautela dos investidores com os valuations elevados do setor de tecnologia, especialmente após alertas de executivos de grandes bancos de Wall Street sobre uma possível correção. Na Europa, o sentimento também era negativo.

Gráfico de ações dos EUA em queda, refletindo o pessimismo do mercado global.
Mercados globais mostram volatilidade.

Exterior e Realização de Lucros Pressionam o Ibovespa

A equipe da Ágora Investimentos aponta que a conjuntura externa, somada à recente escalada do Ibovespa, torna provável um movimento de realização de lucros entre as ações que compõem o índice. A preocupação fiscal também ganha força, após a Câmara dos Deputados aprovar, na véspera, um projeto que exclui gastos de Defesa do resultado primário e do limite de despesas em 2025, elevando as incertezas sobre a trajetória das contas públicas do governo.

A aprovação de pautas no Congresso Nacional tem sido um desafio para o governo, que busca recompor sua base e evitar novas derrotas. Um foco imediato é o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil, uma promessa de campanha do presidente Lula.

Gráfico da evolução do Ibovespa, mostrando a resistência em superar os 150 mil pontos.
Ibovespa tenta sustentar os 150 mil pontos.

Destaques Corporativos: Embraer, BB Seguridade e Cosan

No front corporativo, a Cosan (CSAN3) recua após precificar uma oferta de ações a R$5 por papel, levantando R$9,06 bilhões. A empresa planeja uma segunda oferta para melhorar seu perfil de crédito. A Embraer (EMBR3) também apresenta queda, com lucro líquido ajustado de R$289,4 milhões no terceiro trimestre, abaixo do registrado no ano anterior, embora a Receita líquida tenha crescido.

A Klabin (KLBN11), por sua vez, mostra um leve avanço apesar da queda de 34% em seu lucro líquido trimestral, impulsionada por um Ebitda ajustado com margem ampliada. A BB Seguridade (BBSE3) avança com crescimento de 13% no lucro líquido recorrente, beneficiada pelo resultado financeiro e pela alta da taxa Selic.

A TIM (TIMS3) reporta alta de 50% no lucro líquido trimestral, com Ebitda ajustado em R$3,47 bilhões. A Vale (VALE3) acompanha a fraqueza dos preços futuros do minério de ferro, com quedas na China. A Petrobras (PETR4) opera em leve baixa, em sintonia com a desvalorização do petróleo no mercado Internacional.

Gráfico de preços do minério de ferro na China.
Mercado de minério de ferro sob pressão.

Setor Financeiro Sob Observação e Pague Menos em Destaque

O Itaú Unibanco (ITUB4) opera em leve queda antes da divulgação de seu balanço do terceiro trimestre. Outros grandes bancos como Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander Brasil (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) também apresentam variações negativas.

Fora do Ibovespa, a Pague Menos (PGMN3) registra elevação após anunciar um lucro líquido ajustado de R$80,6 milhões no terceiro trimestre, um aumento de 49,6% em relação ao ano anterior, com forte expansão operacional.

Analistas de mercado observam com atenção os resultados corporativos e os indicadores macroeconômicos para as próximas movimentações do mercado. A volatilidade externa e as incertezas fiscais internas continuam sendo fatores determinantes para o desempenho do Ibovespa.

Fachada de banco, simbolizando o setor financeiro em análise.
Resultados de bancos são aguardados.

Fonte: InfoMoney

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