Haddad: Brasil entrará em 2026 com melhor resultado fiscal

Fernando Haddad afirma que Brasil entrará em 2026 com o melhor resultado fiscal dos últimos quatro anos, impulsionado por reformas e indicadores econômicos positivos.
resultado fiscal Brasil — foto ilustrativa resultado fiscal Brasil — foto ilustrativa

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil está em um momento de solidez econômica e se projeta para entrar em 2026 com resultados fiscais positivos, encerrando o mandato do presidente Lula de forma tranquila. Segundo Haddad, avanços em reformas estruturais e indicadores econômicos favoráveis têm criado um ambiente de negócios atrativo para investidores.

Ministro Fernando Haddad discursando em evento sobre transição energética e investimentos verdes.
Ministro Fernando Haddad discursando em evento sobre transição energética e investimentos verdes.

Avanços em Reformas e Indicadores Econômicos

Haddad destacou que o Brasil tem realizado ações importantes nos últimos três anos para criar um ambiente de negócios mais favorável, o que já tem sido percebido pelos investidores. O ministro citou o maior número de leilões de infraestrutura na B3 em décadas e os resultados das reformas estruturais implementadas.

Ele enfatizou o impacto da reforma tributária, com projeções de que sua implementação possa elevar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro entre 12% e 20% nos próximos anos. Além disso, Haddad mencionou a próxima etapa da reforma do Imposto de Renda, ressaltando a importância da redução das desigualdades para o crescimento econômico: “Não existe crescimento com desigualdade”, declarou.

Melhor Resultado Fiscal e Cumprimento de Metas

O ministro projetou que o Governo entregará o melhor resultado fiscal dos últimos quatro anos, mesmo após a quitação de passivos herdados da gestão anterior. “Teremos a menor inflação em quatro anos, o menor desemprego da série histórica e o maior crescimento desde 2010”, afirmou Haddad.

Ele rebateu Críticas sobre o cumprimento das metas fiscais, declarando que não pretende alterar o resultado primário previsto para o ano. “Desde 2023, estão dizendo que eu vou mudar a meta porque não vou cumpri-la. Ou a gente olha para a realidade do Brasil e rema a favor do país, ou continuaremos presos a narrativas”, disse.

Haddad observou que a discussão sobre as contas públicas está sendo conduzida pelos investidores e não apenas pela mídia, mostrando preocupação com o fluxo de capital para o país. A meta fiscal de 2025 é de Déficit zero, com uma margem de tolerância que permite um déficit de até 0,25% do PIB. Para 2026, a meta é de superávit primário de 0,25% do PIB, também com banda de tolerância.

Recentemente, Haddad descartou alterações na meta fiscal de 2026, mesmo com a rejeição pelo Congresso de uma medida provisória que visava aumentar a arrecadação. A proposta, que incluía ajustes fiscais, foi derrubada pela Câmara. O governo esperava arrecadar mais de R$ 20 bilhões com o aumento de impostos sobre aplicações financeiras e apostas esportivas. Com a MP caducada, busca-se agora uma nova estratégia para fechar o Orçamento de 2026 sem elevação de tributos.

Juros, Expectativas e Transição Energética

Haddad defendeu a redução dos juros, considerando o patamar atual insustentável. “Não tem como manter 10% de juro real com inflação de 4,5%. Eu tenho alergia à inflação, mas há uma questão de razoabilidade. A dose do remédio pode virar veneno”, comparou.

Ele acredita que o país tem condições de crescer controlando a dívida e reduzindo os custos financeiros. O ministro criticou parte do mercado financeiro por torcer contra o governo, afirmando que a “expectativa no Brasil tem muito de torcida”. Haddad reiterou o compromisso do governo com metas fiscais e responsabilidade nas contas públicas, buscando cumprir objetivos exigentes.

Quanto à transição energética, Haddad destacou as vantagens competitivas do Brasil em relação à agenda climática. “Independentemente do que o Bill Gates ache, o Brasil tem energia limpa e barata. Não faz sentido trocá-la por energia suja e cara”, disse, reforçando a importância dos biocombustíveis e do marco regulatório do setor elétrico. Ele concluiu que a preservação das florestas traz benefícios significativos a um custo baixo.

Fonte: G1

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