Selic 10,5%: ‘Kit Brasil’ atrai gestores em cenário de juros altos

Manutenção da Selic em 10,5% eleva o ‘kit Brasil’ (Real, juros pré, Bolsa) no radar de gestores. Entenda o cenário e projeções.
Manutenção da Selic — foto ilustrativa Manutenção da Selic — foto ilustrativa

A manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano é o consenso entre gestores multimercados, segundo pesquisa da XP. A expectativa é que a taxa permaneça em patamar elevado até o fim de 2026, em cerca de 12,2%. Este cenário de juros altos, combinado com a queda das taxas nos Estados Unidos e o crescente apetite por ativos de risco em mercados emergentes, tem colocado o chamado ‘kit Brasil – composto por Real, juros pré-fixados e Bolsa local – no radar dos investidores.

A pesquisa aponta que a combinação desses ativos apresentou desempenho superior ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ao longo do ano. Estratégias antes defensivas agora adotam um posicionamento mais direcional, refletindo um ambiente macroeconômico mais favorável e a percepção de que a reprecificação global tende a beneficiar economias como a brasileira.

Inflação em ‘trajetória de ancoragem’

As projeções para a inflação em 2025 indicam uma redução, com a expectativa caindo de 5,71% para 4,51%. Embora ainda distante da meta central de 3%, o índice mostra uma clara tendência de estabilização. Essa melhora é atribuída à menor pressão cambial, impulsionada pela desvalorização do dólar e pela desaceleração econômica global.

Câmbio: ‘Comprados’ em Real

A posição dos gestores favorável ao Real (“comprados”) avançou significativamente, passando de 33% em janeiro para 76% em novembro. Essa mudança é reflexo direto da expectativa de cortes nos juros americanos, que reforçam a tendência de um dólar mais fraco.

O levantamento também revela uma melhora na perspectiva doméstica. Apenas 23% dos gestores mantêm uma visão negativa para a economia local, contrastando com os 84% registrados em janeiro.

Juros

No segmento de juros, o movimento mais notável foi nos juros nominais, com o percentual de gestores com posições favoráveis saltando de 17% em janeiro para 65% em novembro.

Multimercados

Os fundos multimercados têm apresentado um desempenho promissor no curto prazo, com retomada de performance acima do CDI, conforme indicam os dados da pesquisa.

Otimismo com a Bolsa Brasil

O apetite dos gestores multimercados pela Bolsa brasileira aumentou. O percentual de posições compradas passou de 33% em janeiro para 46% em novembro, atingindo um pico de 64% em setembro. Essa oscilação acompanha a recente correção do Mercado, influenciada pela queda nos preços do petróleo.

Gráfico da Bolsa brasileira, indicando o otimismo dos gestores com o mercado acionário local.
Otimismo cresce na Bolsa Brasil.

Em contrapartida, a posição em relação à Bolsa dos EUA recuou de 60% em janeiro para 46% em novembro, com a postura majoritariamente neutra para mercados fora dos EUA.

Gráfico comparativo de moedas, mostrando a força do Real frente a outras divisas.
Posição ‘comprada’ em Real avança.
Composição do 'Kit Brasil' com Real, juros prefixados e Bolsa local.
O ‘Kit Brasil’ ganha destaque.

Fonte: InfoMoney

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