União Brasil pede ao TSE para integrar defesa de Bacellar no Caso Ceperj

União Brasil pede ao TSE para integrar defesa de Rodrigo Bacellar no Caso Ceperj. Julgamento pode cassar mandato de Cláudio Castro no Rio de Janeiro.
Caso Ceperj — foto ilustrativa Caso Ceperj — foto ilustrativa

O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o partido seja incluído na defesa do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil). Bacellar é réu em um processo que apura suspeitas de abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral de 2022. O julgamento do caso, que pode culminar na cassação do mandato do governador Fluminense, Cláudio Castro (PL), está previsto para iniciar nesta terça-feira (4).

Antonio Rueda protocolou um recurso na Corte na noite de segunda-feira (3), buscando permissão para atuar como assistente da Defesa de Bacellar. O dirigente do União Brasil argumenta que uma eventual condenação dos réus poderá impactar a representação partidária do União Brasil no estado do Rio de Janeiro.

Interesse Jurídico do Partido

No pedido, Rueda sustenta que o entendimento da Corte permite que partidos políticos ingressem em processos que possam afetar os direitos políticos de seus filiados, devido à repercussão direta na atuação e representação institucional da sigla. A ação afirma que o julgamento tem potencial para impactar não apenas os direitos políticos de Bacellar, mas também a representação partidária no Rio de Janeiro, justificando a intervenção do partido.

O processo investiga se o grupo do governador teria utilizado a Universidade Estadual do Rio (Uerj) e o Centro Estadual de Pesquisa e Estatística do Rio de Janeiro (Ceperj) para o pagamento de cabos eleitorais durante a campanha de 2022. Embora os acusados tenham sido absolvidos pelo Tribunal Regional do Rio (TRE-RJ) em maio, o Ministério Público Eleitoral recorreu, levando o caso ao TSE.

Acusações e Pagamento de Cabos Eleitorais

De acordo com a procuradoria, foram realizados mais de 20 mil contratos temporários sem processo seletivo, com pagamentos feitos de forma a dificultar a fiscalização. Os contratados teriam atuado como cabos eleitorais para Cláudio Castro, que foi reeleito em primeiro turno com 58% dos votos. O caso levanta questões sobre a lisura do processo eleitoral e o uso de órgãos públicos para fins de campanha. A decisão do TSE sobre a participação do União Brasil na defesa de Bacellar e, posteriormente, sobre o mérito do caso, será crucial para o cenário político do Rio de Janeiro.

Fonte: Valor Econômico

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