Renan Calheiros: Parecer sobre isenção de IR busca evitar retorno à Câmara

Senador Renan Calheiros (MDB-AL) divulga parecer sobre projeto de lei que amplia isenção de IR, com foco em evitar retorno à Câmara e cumprir prazos.
Senador Renan Calheiros, relator do projeto de lei que amplia isenção de Imposto de Renda. Senador Renan Calheiros, relator do projeto de lei que amplia isenção de Imposto de Renda.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator do projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês, apresentou seu parecer à proposta, implementando apenas ajustes de redação. A estratégia visa evitar que o texto retorne à Câmara dos Deputados após aprovação no Senado, garantindo que a sanção presidencial e a publicação no Diário Oficial ocorram até 31 de dezembro de 2025 para efeitos a partir de 1º de janeiro de 2026.

O relatório, que será lido e votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, enfatiza a urgência da aprovação para evitar o adiamento da vigência da reforma para 2027 e a criação de desequilíbrios orçamentários. Renan Calheiros destacou que, embora deseje alterações de mérito, optou por emendas de redação para cumprir o prazo constitucional.

Senador Renan Calheiros, relator do projeto de lei que amplia isenção de Imposto de Renda.
Senador Renan Calheiros apresentou parecer sobre projeto de lei de isenção do IR.

Contexto da Reforma e Prazo Constitucional

O descumprimento do prazo de 31 de dezembro de 2025 para sanção e publicação da lei representa um risco significativo. Conforme alertou Renan Calheiros, um adiamento implicaria não só o atraso da vigência de toda a reforma para 1º de janeiro de 2027, mas também a geração de um profundo desequilíbrio orçamentário. As metas de arrecadação seriam frustradas, resultando em um vácuo fiscal e Custos econômicos e políticos elevados.

PL de Compensação Fiscal: Bets, Bancos e Fintechs

Em paralelo à reforma do IR, o senador defendeu a aprovação do Projeto de Lei (PL) 5.473/2025, de sua autoria, que visa aumentar a tributação sobre apostas online (bets), bancos e fintechs. A expectativa é de uma arrecadação de R$ 4,98 bilhões em 2026, alcançando R$ 18,04 bilhões em três anos. Este projeto retoma pontos da Medida Provisória (MP) sobre IOF que caducou.

O PL 5.473 dobra a tributação de casas de apostas de 12% para 24%, destinando metade ao Seguridade Social. A proposta também eleva a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de bancos e sociedades de crédito, financiamento e investimento (de 15% para 20%), e de fintechs, distribuidoras e corretoras (de 9% para 15%).

A proposição contempla o aperfeiçoamento necessário à futura lei do IR, assegurando que o debate sobre a justiça fiscal no país continue a avançar de forma técnica, responsável e perene.

A Fazenda, apesar de defender a neutralidade fiscal da reforma do IR, enfrentou questionamentos de Renan Calheiros sobre estudos que apontam renúncia líquida de receita. A posição do ministério, no entanto, convenceu o senador a desistir da ideia de desmembrar o texto aprovado pela Câmara.

Detalhes da Reforma do IR e Impactos

O projeto de lei, considerado uma aposta eleitoral para 2026, estende a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais e concede desconto parcial para salários de até R$ 7.350. Em contrapartida, institui um imposto mínimo sobre altas rendas, com alíquota de 10% para rendimentos anuais acima de R$ 1,2 milhão. Renan Calheiros desistiu de mexer em trechos sobre rendimentos de LCI, LCA, CRA, CRI, LIG, LCD e Fiagro, que ficariam de fora do cálculo do imposto mínimo efetivo.

Fonte: Valor Econômico

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