Juros nos EUA e Copom: Bolsas Globais em Queda na Véspera da Decisão

Incertezas sobre os juros nos EUA derrubam bolsas globais na véspera da decisão do Copom. Produção industrial e balanços no Brasil também movimentam o mercado.
Juros nos EUA e decisão do Copom — foto ilustrativa Juros nos EUA e decisão do Copom — foto ilustrativa

As bolsas globais operam em forte queda nesta terça-feira, em meio a um menor apetite por risco. A percepção de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos poderá reduzir as taxas de juros em um ritmo mais lento do que o esperado tem influenciado os mercados. Investidores acompanham de perto as declarações de dirigentes do banco central americano, como a vice-presidente de supervisão, Michelle Bowman.

Por volta das 8h, os futuros de Nova York apresentavam queda: o do S&P 500 recuava 1,02%, o do Nasdaq caía 1,33% e o do Dow Jones perdia 0,75%. Na Europa, o índice Stoxx 600 cedia 1,58%, e o CAC 40, de Paris, registrava baixa de 1,34%.

Essa movimentação reflete a divergência de opiniões entre os membros do Fed. Enquanto alguns dirigentes, como Stephen Miran, indicam que a política monetária atual está “excessivamente restritiva”, outros, como Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, expressam maior cautela sobre a disposição para apoiar novos cortes de juros.

Decisão do Copom e Produção Industrial em Foco no Brasil

No Brasil, a expectativa em torno dos cortes de juros também é um fator crucial, na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A maioria dos agentes de mercado antecipa que o Banco Central manterá a taxa Selic em 15%. A principal dúvida reside em saber se o ciclo de afrouxamento monetário começará em janeiro ou apenas em março de 2026.

A agenda econômica local inclui a divulgação da produção industrial de setembro. As projeções compiladas pelo VALOR DATA indicam uma possível retração de 0,3% em relação a agosto, variando entre uma queda de 0,9% e um avanço de 0,4%. Caso a contração se confirme, a indústria voltará ao terreno negativo após registrar alta de 0,8% em agosto.

Balanços e Participação de Fernando Haddad

Os resultados financeiros de empresas listadas na bolsa continuam sendo um ponto de atenção para os investidores, especialmente após o Ibovespa ter superado a marca dos 150 mil pontos. Daniel Utsch, gestor de renda variável da Nero Capital, ressalta que essa valorização do índice foi impulsionada por um movimento global de rotação de carteiras, e não necessariamente por um otimismo crescente com a economia brasileira.

Adicionalmente, o Mercado aguarda a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na cerimônia de abertura do Bloomberg Green Summit, em São Paulo. Sua participação pode trazer novas perspectivas sobre a política econômica do país.

Fonte: Valor Econômico

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