Ibovespa Mira 150 mil pontos: Bolsas Globais em Alta Impulsionam Risco

Ibovespa bate recorde histórico mirando 150 mil pontos, impulsionado por fluxo estrangeiro e alta das bolsas globais. Saiba o que esperar.
Ibovespa 150 mil pontos — foto ilustrativa Ibovespa 150 mil pontos — foto ilustrativa

O mercado brasileiro fechou a semana de 31 de outubro em forte alta, impulsionado por um ambiente externo positivo e pela contínua entrada de capital estrangeiro em ativos de risco. O Ibovespa (IBOV) renovou seu Recorde histórico, aproximando-se da marca psicológica de 150 mil pontos. Este desempenho reflete a confiança dos investidores no cenário doméstico e a melhora do humor global, com o avanço das bolsas americanas e a diminuição das preocupações com a inflação.

Em paralelo, o dólar futuro opera em tendência de baixa, acumulando uma queda expressiva no ano. Nos Estados Unidos, o Nasdaq e o S&P 500 continuam a renovar máximas históricas, impulsionados pelo desempenho das gigantes de tecnologia e pela expectativa de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve. O Bitcoin, após atingir seu pico histórico, entrou em fase de consolidação, refletindo a cautela dos investidores em meio à realização de lucros.

Análise Técnica: Ibovespa Rumo aos 150 Mil Pontos

O Ibovespa (IBOV) mantém sua forte tendência de alta, acumulando oito semanas consecutivas de ganhos e superando patamares históricos. Na semana passada, o índice atingiu a máxima de 149.635 pontos, fechando pela primeira vez acima dos 149 mil, e agora mira os 150 mil pontos. Essa movimentação é sustentada por uma força compradora robusta que impulsiona o rali iniciado em setembro.

No gráfico diário, o Ibovespa opera acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, confirmando o viés altista. Contudo, o distanciamento dos preços em relação a essas médias sugere espaço para correções pontuais. O Índice de Força Relativa (IFR) em 73,44 pontos sinaliza uma zona de sobrecompra, indicando uma possível pausa no curto prazo.

Para sustentar a alta, o índice precisa romper as resistências em 149.635 e 150.000 pontos. Se bem-sucedido, os próximos alvos projetados seriam 150.640, 153.730 e 155.270 pontos.

Por outro lado, a perda da mínima da última sessão (148.773 pontos) pode configurar uma correção, com suportes importantes localizados em 148.770, 147.430, 144.881, 143.391 e 141.153 pontos.

Desempenho do Dólar Futuro: Tendência de Baixa se Mantém

O dólar futuro segue pressionado pela tendência de baixa iniciada no fim de 2024, quando atingiu resistência em 6.798 pontos. Desde então, a moeda vem renovando mínimas e acumula uma queda de 18,39% no ano, influenciada pela maior entrada de capital estrangeiro e pelo apetite global por risco. Na última sessão, o contrato registrou um fluxo negativo, mantendo-se abaixo das médias móveis e reforçando o cenário de enfraquecimento.

No gráfico diário, o dólar futuro atingiu a mínima do ano em 5.358 pontos, muito perto da mínima de 2023 (5.352 pontos), um nível Técnico relevante. O IFR (14) encontra-se em 45,41 pontos, indicando neutralidade.

Para continuar em trajetória de queda, o dólar precisará romper os suportes em 5.370 e 5.358 pontos, com potenciais alvos em 5.352, 5.291 e 5.243/5.215 pontos.

Em caso de reação, a moeda precisará superar os patamares de 5.434,5/5.459 pontos, mirando resistências em 5.512, 5.577 e 5.616 pontos.

Nasdaq e S&P 500: Recordes Históricos Impulsionados por Tecnologia

A Nasdaq apresenta um forte movimento de alta em 2025, impulsionada pela Confiança no setor de tecnologia e pela retomada do apetite global por risco. Após marcar uma mínima anual em 16.542 pontos, o índice acumulou sete meses consecutivos de ganhos, atingindo uma nova máxima histórica em 26.182 pontos. Na última sessão, avançou 0,48%, elevando seu ganho em outubro para 4,77% e acumulando 23,06% no ano, cotado a 25.858 pontos.

O gráfico diário da Nasdaq confirma a estrutura altista, com o índice operando acima das médias móveis e sustentado por um volume comprador consistente. Para continuar a escalada, o índice precisa superar o topo histórico de 26.182 pontos, abrindo caminho para 26.475, 26.735 e 27.320/27.585 pontos. Em caso de correção, suportes relevantes se encontram em 25.656, 25.195 e 24.856/24.481 pontos.

O S&P 500 também segue uma trajetória positiva, renovando seu topo histórico em 6.920 pontos na última sessão. O índice acumula alta de 2,27% em outubro e 16,30% em 2025, negociado a 6.840 pontos. A força compradora é sustentada pelo cenário de desaceleração inflacionária nos EUA e pela expectativa de cortes graduais de juros pelo Federal Reserve.

Tecnicamente, o S&P 500 mantém sua tendência sólida de alta, operando acima das médias móveis. Para confirmar a continuidade do rali, precisa romper os 6.920 pontos, mirando 6.945, 7.050 e 7.100/7.235 pontos. Em caso de realização de lucros, os suportes mais importantes estão em 6.814, 6.764, 6.689 e 6.592 pontos, com um alvo mais longo em 6.550 e 6.500 pontos.

Gráfico diário do Ibovespa mostrando a tendência de alta e a aproximação dos 150 mil pontos.
Análise gráfica do Ibovespa com o índice rompendo resistências.

Bitcoin em Consolidação Pós-Máxima Histórica

O Bitcoin (BTC) encontra-se em fase de consolidação após recentes oscilações. O ativo perdeu força após renovar sua máxima histórica em US$ 126.199 e agora negocia dentro de um canal lateral. Em outubro, o BTC registrou um recuo de 3,89%, mas ainda mantém uma alta acumulada de mais de 17% em 2025.

Pelo gráfico diário, o ativo exibe neutralidade, com indefinição entre compradores e vendedores. Para retomar o movimento de alta, o Bitcoin precisa superar os US$ 111.590, mirando os níveis de US$ 116.400, US$ 117.900 e US$ 124.474, antes de tentar retestar o topo histórico em US$ 126.199.

Por outro lado, uma ampliação da correção pode ocorrer com a perda de US$ 108.631/US$ 106.322, levando o BTC a testar US$ 103.525, US$ 100.000 e US$ 97.895, com um alvo mais longo em US$ 92.800.

Gráfico diário do Bitcoin mostrando a consolidação após atingir a máxima histórica.
Bitcoin opera em lateralidade após forte valorização.

O analista técnico Rodrigo Paz destaca que o Índice de Força Relativa (IFR) é um dos indicadores mais importantes na análise técnica. Leitura abaixo de 30 indica sobrevenda, sugerindo oportunidades de compra, enquanto acima de 70 aponta sobrecompra e potencial para correções.

Fonte: InfoMoney

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade