A COP-30, que acontecerá em Belém, representa uma nova oportunidade para conscientizar e unir esforços globais contra o aquecimento global. Em um cenário de aumento de eventos extremos e perda de tração nas metas climáticas e investimentos em descarbonização, a conferência se torna emblemática para avaliar a capacidade real de construir uma agenda ecológica mínima.
COP-30: Marco para Metas Climáticas e Acordo de Paris
Esta edição marca 10 anos do Acordo de Paris e 30 anos da criação do modelo Conferência de Partes (COP) pela ONU. Apesar de avanços e recuos, o saldo histórico das COPs é positivo, e a questão climática é amplamente aceita. No entanto, a ONU alerta que as metas de Paris não serão alcançadas, evidenciando a urgência de resultados concretos.
A COP-30 reunirá cientistas, ambientalistas, sociedade civil, empresários e governos de mais de cem países no coração da Amazônia. A localização em Belém, integrada ao rio e à floresta, oferece uma simbologia única, permitindo aos participantes vivenciar o Meio Ambiente em seu estado natural e fortalecendo conexões através da diversidade social e cultural da cidade.
Financiamento Climático e o Papel do Brasil
Um dos debates mais desafiadores será o financiamento da mitigação das mudanças climáticas. Os valores necessários são expressivos e colocam em xeque os limites de orçamentos de países e empresas. A solução exige foco e realismo.
Com sua vocação para liderar compromissos ambientais e sociais, e sendo um grande produtor de proteínas e grãos, o Brasil possui atributos essenciais para demonstrar a conciliação entre crescimento econômico e sustentabilidade. A missão do país na COP 30 em Belém é gerenciar a mudança de realidades, provendo segurança alimentar global com políticas de proteção aos biomas.
Adicionalmente, o Brasil administrará a segunda maior reserva de terras raras do mundo, fundamental para viabilizar a transição energética global. A COP-30 é vista como um presente do Brasil para o mundo, uma oportunidade para impulsionar a agenda climática global.
Fonte: Estadão