O candidato presidencial libertário chileno Johannes Kaiser alcançou o segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, empatando com o rival de direita José Antonio Kast. A ascensão de Kaiser ameaça alterar o cenário da corrida eleitoral para liderar uma das nações mais ricas da América Latina.
Ascensão de Kaiser e Queda de Kast
O apoio a Johannes Kaiser para o primeiro turno aumentou de 13,4% para 16,8% no final de outubro, segundo a pesquisa LatAm Pulse. O levantamento, realizado pela AtlasIntel para a Bloomberg News, indica que Kaiser agora divide a segunda posição com Kast, cujo percentual caiu de 20,1% no início do mês para 24,7% em setembro.
A pesquisa LatAm Pulse, divulgada nesta sexta-feira, também mostrou que o candidato de esquerda Gabriel Boric continua liderando a corrida, com 26,2% das intenções de voto. A proximidade entre os candidatos sugere uma disputa acirrada nas semanas finais antes da eleição em 16 de novembro.
Análise do Cenário Eleitoral Chileno
A performance de Kaiser reflete um crescimento da vertente libertária no Chile, atraindo eleitores que buscam alternativas aos candidatos tradicionais. Sua plataforma, focada em menor intervenção estatal e reformas econômicas liberais, parece ressoar com uma parcela do eleitorado insatisfeita com o status quo.
Por outro lado, a queda de Kast, que já liderou as pesquisas, pode indicar uma polarização em torno de sua figura, associada a posições conservadoras e à herança da ditadura militar de Augusto Pinochet. A disputa pela segunda posição é crucial, pois pode definir o candidato que terá mais chances de enfrentar Boric em um eventual segundo turno.
Especialistas em política chilena apontam que a campanha eleitoral entra em sua fase decisiva, onde as estratégias de comunicação e os debates presidenciais podem ter um impacto significativo na decisão dos eleitores. A capacidade de Kaiser de manter seu eleitorado e a de Kast em recuperar terreno serão fatores determinantes.
A pesquisa consultou 1.200 eleitores entre os dias 27 e 29 de outubro, com uma margem de erro de 2,8 pontos percentuais. Os resultados reforçam a volatilidade do cenário eleitoral chileno e a possibilidade de surpresas na votação.
Fonte: Bloomberg