Boulos acusa consórcio de governadores de ‘incentivar intervenção estrangeira’

Guilherme Boulos, ministro de Lula, compara consórcio de governadores a Trump e acusa iniciativa de buscar intervenção estrangeira. Veja a análise.
Guilherme Boulos consórcio governadores — foto ilustrativa Guilherme Boulos consórcio governadores — foto ilustrativa

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, criticou o recém-anunciado consórcio de governadores, comparando a iniciativa a uma estratégia para atrair intervenção estrangeira. “O consórcio que os governadores anunciaram não é um consórcio da paz. É o consórcio do Trump. Querem atiçar intervenção estrangeira”, declarou Boulos.

Contexto Político e Crítica à Iniciativa

A declaração de Boulos marca a primeira resposta oficial de um membro do alto escalão do Governo Lula (PT) à formação do chamado ‘consórcio da paz’. A iniciativa foi divulgada por governadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como Ronaldo Caiado (GO), Romeu Zema (MG), Jorginho Mello (SC), Ratinho Jr (PR) e Eduardo Riedel (MS), após uma reunião no Rio de Janeiro. Tarcísio de Freitas (SP) participou virtualmente.

Guilherme Boulos em evento.
Ministro Guilherme Boulos criticou a iniciativa de governadores.

Boulos argumentou que, se os governadores tivessem um compromisso real com o combate ao crime organizado, deveriam apoiar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública. Em vez disso, o ministro acusou a iniciativa de ser uma forma de “demagogia sobre o terrorismo”.

PEC da Segurança Pública e Debates sobre Combate ao Crime

A PEC da Segurança Pública propõe a criação de um sistema integrado de cooperação entre os governos federal, estadual e municipal para enfrentar o crime organizado de maneira organizada. O debate sobre segurança pública e a divisão de responsabilidades entre União e estados ganhou força após uma grande operação policial no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 100 mortes.

Origem da Iniciativa dos Governadores

A formação do consórcio de governadores ocorreu dois dias após uma megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais. Na ocasião do anúncio, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, apresentou a iniciativa como uma medida para integrar forças de segurança e inteligência, com o objetivo de compartilhar experiências e soluções contra o crime organizado.

Apesar do anúncio, nem Castro nem os demais governadores detalharam medidas concretas para o combate efetivo à violência, o que gerou a crítica de Boulos sobre a Falta de ações práticas.

Fonte: G1

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