Ações da Marcopolo (POMO4) caem 7% com receita abaixo do esperado

Ações da Marcopolo (POMO4) caem 7% com receita abaixo do esperado no 3º trimestre. Análise de XP, Itaú BBA, Bradesco BBI e BTG Pactual.
Ações da Marcopolo — foto ilustrativa Ações da Marcopolo — foto ilustrativa

As ações da Marcopolo (POMO4) registraram uma queda de 7,03%, negociadas a R$ 8,20 na sessão desta sexta-feira (31), após a divulgação de resultados do terceiro trimestre que apresentaram Receita abaixo das expectativas do mercado. A XP Investimentos destacou dados operacionais mistos, com volumes domésticos abaixo do previsto, mas compensados por um desempenho mais robusto nos mercados externos, especialmente nas exportações.

Neste cenário, a receita líquida da companhia atingiu R$ 2,5 bilhões, valor que ficou 7% aquém da projeção da XP e do consenso do Mercado. A rentabilidade, segundo a XP, foi influenciada por fatores pontuais, como um impacto negativo esperado da equivalência patrimonial da NFI e uma contribuição positiva do programa Mover. Excluindo a equivalência patrimonial, a margem EBITDA ajustada alcançou 19,3%, beneficiada por um mix de produtos de maior valor agregado, uma tendência que deve se manter favorável no quarto trimestre de 2025.

Resultados da Marcopolo Sobrevivem a Pressões do Mercado

A XP ressalta que, apesar de diversos pontos positivos, os resultados da Marcopolo podem não ter atendido às altas expectativas dos investidores. A corretora alerta que a receita abaixo do esperado aumenta as preocupações sobre uma possível desaceleração do ciclo de negócios, embora a expectativa para o desempenho operacional continue saudável.

O Itaú BBA compartilha da visão de que o mercado pode focar na receita decepcionante e na potencial desaceleração dos volumes domésticos, o que intensifica as preocupações com a demanda e pode levar a revisões para baixo nas projeções para 2026. Apesar disso, o banco manteve sua recomendação de compra para as ações da Marcopolo, com preço-alvo de R$ 13.

Análise do Bradesco BBI e BTG Pactual

O Bradesco BBI classificou o resultado como ligeiramente negativo, pois a receita ficou entre 5% e 6% abaixo das suas estimativas e do consenso. A margem EBITDA ajustada, no entanto, foi forte, atingindo 19,6%, e o lucro líquido ficou em linha com as projeções. O BBI atribuiu o Déficit na receita principalmente a uma queda de 15% no mercado brasileiro, com um desempenho particularmente fraco no segmento interurbano.

Segundo o banco, a administração da Marcopolo explicou a desaceleração nas entregas pelas altas taxas de juros, que levam as operadoras de transporte a adiar investimentos na expectativa de taxas mais baixas no próximo ano. Essa dinâmica, segundo o BBI, deve persistir por alguns trimestres.

Por outro lado, o BTG Pactual destacou que a Marcopolo apresentou uma margem ajustada de 19,6% no 3T25, superando as expectativas. Esse desempenho foi impulsionado por exportações lucrativas, um mix doméstico mais favorável, a estabilidade do programa Caminho da Escola e a contribuição dos ônibus elétricos. O BTG manteve recomendação de compra com preço-alvo de R$ 12.

Fonte: InfoMoney

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