Especialistas em economia, como Leo Feler, ex-professor da Johns Hopkins University, observam um impacto econômico notável devido ao aumento das redadas conduzidas pela Imigração e Alfândega (ICE) e Proteção de Fronteiras e Alfândega (CBP) nos Estados Unidos. Essa intensificação das ações de imigração tem gerado um efeito de “gelo” sobre os gastos dos consumidores.
Queda nos Gastos de Imigrantes e o Impacto no Varejo
Dados recentes indicam uma diminuição significativa nos gastos de imigrantes em grandes redes varejistas, como Walmart e Costco, assim como em lojas especializadas. Leo Feler aponta que essa retração se deve, em parte, ao receio de trabalhadores imigrantes, mesmo aqueles com status legal nos EUA, de saírem de casa para evitar serem pegos em redadas. Essa apreensão não apenas reduz o consumo, mas também afeta a disponibilidade de mão de obra em setores cruciais como a construção civil.
Outro fator que contribui para a retração é o temor generalizado entre os consumidores. A atuação de agentes federais em locais públicos, como os estacionamentos da Home Depot, tem levado outras parcelas da população a recearem frequentar determinados estabelecimentos, ampliando o impacto negativo.
Empresas de Bens de Consumo Sentem o Efeito Dominó
O recuo nos gastos dos consumidores não se restringe apenas ao varejo. Grandes empresas de bens de consumo, como Coca-Cola, Colgate-Palmolive e Constellation Brands, também estão sentindo os efeitos dessa desaceleração econômica. A queda na demanda afeta diretamente suas vendas e projeções de Receita.
Análise de Especialistas e o Futuro da Economia
O economista Leo Feler tem acompanhado de perto a relação entre as políticas de imigração e os padrões de consumo. A análise sugere que a incerteza gerada pelas redadas pode levar a uma reavaliação das estratégias empresariais e a um impacto prolongado na economia americana, especialmente em setores que dependem fortemente da mão de obra e do poder de compra imigrante.
Fonte: Bloomberg