Michelle Bolsonaro defende megaoperação letal no Rio e ataca Lula

Michelle Bolsonaro defende megaoperação com 121 mortes no Rio e critica Lula. Ex-primeira-dama afirma que criminosos “colheram o que plantaram”.
Michelle Bolsonaro em evento do PL Mulher defendendo a megaoperação policial no Rio de Janeiro com 121 mortos. Michelle Bolsonaro em evento do PL Mulher defendendo a megaoperação policial no Rio de Janeiro com 121 mortos.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) manifestou apoio à megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em pelo menos 121 mortes, tornando-se a ação mais letal já registrada no Brasil. Michelle, colega de partido do governador Cláudio Castro (PL) e possível candidata à Presidência, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT, atribuindo a eles responsabilidade pelo crime organizado e tráfico de drogas no estado.

Em declaração divulgada pelo PL Mulher, Michelle afirmou: “Os narcotraficantes mortos não eram vítimas, mas algozes. Colheram o que plantaram: violência, destruição e morte”. Ela também criticou a imprensa, acusando-a de tentar distorcer a narrativa para apresentar os criminosos como vítimas. A identificação oficial dos mortos ainda não foi concluída.

Governo Federal e Críticas à Gestão da Segurança

Michelle Bolsonaro acusou o governo federal de se recusar a classificar os traficantes como “narcoterroristas” e de negar auxílio ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que, segundo ela, teria solicitado ajuda por três vezes. Essa alegação contrasta com declarações públicas de Castro, que afirmou não ter pedido auxílio federal. A legislação prevê que cabe ao estado declarar incapacidade para solicitar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ao governo federal.

“A vítima é a sociedade que ouve o silêncio ensurdecedor do presidente incapaz de consolar familiares de policiais mortos ou homenagear heróis caídos no combate ao narcotráfico”, declarou Michelle em publicações nas redes sociais do PL Mulher. Ela reiterou que, ao tratar traficantes como vítimas, Lula se torna “cúmplice da dor e da destruição” causada pelo tráfico e mencionou uma declaração anterior de Lula onde ele teria afirmado que “traficantes são vítimas dos usuários” de drogas.

Michelle Bolsonaro em evento do PL Mulher
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, defende ação policial que resultou em 121 mortes.

Repercussão Internacional e Posição do Presidente

A operação no Rio de Janeiro recebeu condenações internacionais, incluindo o Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU e diversas entidades de direitos humanos. A ONU emitiu um comunicado alertando sobre as “consequências letais extremas das operações policiais nas comunidades marginalizadas do Brasil” e pediu investigações rápidas e eficazes. A ministra de Direitos Humanos, Macaé Evaristo, classificou a ação como um fracasso.

Em resposta, o presidente Lula criticou o crime organizado em suas redes sociais, evitando politizar o assunto. “Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, Crianças e famílias inocentes em risco”, afirmou Lula. O governo federal anunciou a criação de um escritório especial para o combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.

Fonte: Valor Econômico

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