PF desmantela quadrilha hacker de R$ 813 milhões do Pix

PF desmantela quadrilha hacker responsável por ataque que desviou R$ 813 milhões do Pix. Operação Magnus Fraus cumpre mandados e bloqueia bens.
ataque hacker Pix — foto ilustrativa ataque hacker Pix — foto ilustrativa

A Polícia Federal (PF) deflagrou a segunda fase da Operação Magnus Fraus, visando desarticular supostos envolvidos em um ataque hacker que resultou no desvio de mais de R$ 813 milhões. O esquema utilizava contas bancárias ligadas ao Pix para movimentar o dinheiro.

Os indivíduos investigados respondem por crimes graves, incluindo organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. As ações teriam ocorrido em julho, afetando pelo menos seis instituições financeiras. Uma parte significativa dos fundos desviados foi convertida em criptoativos.

Como Funcionava o Ataque Hacker ao Pix

As investigações apontam que os criminosos exploraram uma vulnerabilidade na C&M Software, empresa responsável por fornecer serviços e conectar a infraestrutura de diversas instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), ambiente de liquidação do Pix. Fundada em 1999, a C&M atua como Provedor de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI), mediando a conexão entre bancos e o Banco Central (BC).

Fachada de prédio de escritórios onde estariam localizadas empresas alvo da PF.
Escritórios alvo da operação da PF contra grupo hacker.

Operação Magnus Fraus em Andamento

Até o momento, a PF cumpriu 42 mandados de busca e apreensão e 26 de Prisão. Desses, 19 são preventivas e 7 temporárias, distribuídas em cidades como Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Betim (MG), Uberlândia (MG), João Pessoa (PB) e Camaçari (BA). Além disso, houve o bloqueio de bens e valores que podem chegar a R$ 640 milhões.

Cooperação Internacional Contra Crimes Cibernéticos

Uma parcela dos investigados se encontra em outros países, o que demandou prisões simultâneas no exterior. A operação conta com o apoio do Centro de Coordenação e Comando da Interpol, dos Escritórios da Interpol no Brasil, Espanha, Argentina e Portugal, e da Brigada Central de Fraudes Informáticos da Polícia Nacional da Espanha, por meio de acordos de cooperação policial internacional. A apuração é conduzida pela PF, com o suporte do Cyber Gaeco do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Fonte: Valor Econômico

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