O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, evidenciou sua estratégia de atuação à frente da pasta durante a cerimônia de posse, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em um discurso de forte teor político, Boulos direcionou críticas ao mercado financeiro. Ao comentar uma operação policial que resultou em 119 mortos no Rio de Janeiro, Boulos afirmou que Lula é um presidente que compreende que a liderança do crime organizado muitas vezes reside na lavagem de dinheiro proveniente da Faria Lima, e não em favelas.
Com apoio expressivo de integrantes de movimentos sociais no Palácio do Planalto, Boulos declarou seu compromisso com o diálogo com diversos setores da sociedade. Contudo, ressaltou que não haverá conversa com aqueles que atacam a democracia e traem o Brasil, pontuando: “Esses queriam ver a gente morto”. A plateia respondeu em coro a essa declaração, interrompendo o ministro.
Boulos também sinalizou que não tolerará provocações e que responderá a ataques:
“Que eles saibam, a cada ataque vai ter uma resposta”, afirmou.
O ministro demonstrou alinhamento com as pautas que Lula deve utilizar na disputa eleitoral de 2026. Ele criticou o modelo de trabalho 6×1, classificando-o como “vergonhoso”. Boulos anunciou sua intenção de expor hipocrisias, destacando que adversários se posicionam contra o sistema, mas não apoiam a proposta governista de taxar bilionários e as apostas esportivas (bets).
Em apenas 20 minutos, Boulos delineou que atuará como um dos principais expoentes de Lula nos 12 meses que antecedem a próxima eleição presidencial.
Fonte: InfoMoney
