Fed reduz juros em 0,25 p.p.: entenda o impacto e limites de dados

O Federal Reserve (Fed) anunciou um corte de 0,25 ponto percentual (p.p.) na sua taxa básica de juros, estabelecendo a faixa entre 3,75% e 4% ao ano. Esta é a segunda redução consecutiva, seguindo o corte de igual dimensão realizado em 17 de setembro. Em paralelo, o banco central dos Estados Unidos informou que retomará a compra limitada de títulos do Tesouro (Treasuries), após os mercados monetários apresentarem sinais de escassez de liquidez, condição que o Fed se comprometeu a evitar.

Sede do Federal Reserve em Washington, D.C.

Riscos e Indicadores Econômicos

Em seu comunicado oficial, o Federal Open Market Committee (FOMC) destacou que os riscos negativos para o emprego aumentaram nos últimos meses. Os indicadores disponíveis, mesmo com a redução de divulgações devido à paralisação do Governo federal, sugerem que a atividade econômica continua a expandir em um ritmo moderado. A taxa de desemprego, embora tenha apresentado uma leve alta até agosto, permanece em níveis historicamente baixos.

A decisão de cortar os juros, que também considerou os limites de dados enfrentados pelo banco central durante a atual paralisação governamental, gerou divergências entre dois de seus formuladores de política monetária. O diretor Stephen Miran defendeu uma redução mais acentuada nos custos de Empréstimo, enquanto o presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, se posicionou contra qualquer corte, argumentando que a inflação atual já está em patamares adequados.

Decisão sobre o Balanço Patrimonial e Inflação

Quanto à gestão do balanço patrimonial, o Fed manterá o valor total de suas participações estável mês a mês a partir de 1º de dezembro. A mudança ocorrerá na forma como os rendimentos de títulos hipotecários vencidos serão reinvestidos: o montante será direcionado para a compra de Treasuries.

O comunicado reitera que a inflação permanece elevada, assim como as incertezas em relação ao cenário econômico futuro. Analistas apontam que o Fed busca um equilíbrio delicado entre estimular a economia e controlar a alta de preços, utilizando a política monetária como ferramenta principal.