PF Recusa Participação em Operação Policial no Rio por Divergências

PF não participou de operação policial letal no Rio por divergências de planejamento. Ministro da Justiça critica falta de comunicação formal.
Operação Policial Rio Divergência — foto ilustrativa Operação Policial Rio Divergência — foto ilustrativa

A Polícia Federal (PF) foi notificada antecipadamente sobre uma grande operação policial no Rio de Janeiro, mas optou por não participar devido a divergências de planejamento. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, explicou que, após análise, a corporação considerou que a ação não se alinhava aos seus protocolos operacionais.

Esta declaração diverge da informação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que inicialmente afirmou que o governo federal não havia sido comunicado sobre a operação. A ação é considerada a mais letal da história do Rio, com um saldo de 121 mortos, incluindo quatro policiais.

Contexto da Operação no Rio

Andrei Rodrigues detalhou que a comunicação ocorreu em nível operacional, com o objetivo de verificar a possibilidade de atuação da PF. No entanto, a equipe da corporação no Rio avaliou o planejamento e concluiu que o tipo de operação não era compatível com a atuação padrão da PF.

A PF não recebeu detalhes específicos sobre a data ou o escopo completo da operação, que visava cumprir mais de 100 mandados de prisão expedidos pela Justiça Fluminense. Conforme Rodrigues, a ausência de atribuição legal para participar tornou a integração à ação inviável.

Divergência de Versões e Críticas

Durante uma Entrevista, Ricardo Lewandowski interveio para enfatizar a importância da comunicação formal entre autoridades de alto escalão em operações de tal magnitude. O ministro destacou que a participação do governo federal exigiria o aviso prévio ao Presidente da República, ao Vice-Presidente em exercício, ao Ministro da Justiça ou ao próprio diretor-geral da PF.

Policiais em operação no Complexo da Penha, Rio de Janeiro.
Operação policial no Rio de Janeiro foi considerada a mais letal do estado.

A megaoperação, que mobilizou 2.500 policiais civis e militares, teve como alvo principal líderes do Comando Vermelho atuantes nos complexos da Penha e do Alemão. A ação resultou em um número Recorde de mortes em operações policiais no estado.

Vista aérea de uma comunidade no Rio de Janeiro durante operação policial.
Forças de segurança atuaram em áreas de alta complexidade no Rio.

Fonte: InfoMoney

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