Mortes no Rio: Moradores relatam execuções após megaoperação policial

Moradores relatam execuções e ferimentos à queima-roupa após megaoperação policial no Rio de Janeiro. Saiba mais sobre o caso.
Mortes no Rio — foto ilustrativa Mortes no Rio — foto ilustrativa
A woman reacts while waiting for news outside a hospital on the day of a police operation against drug trafficking at the favela do Penha, in Rio de Janeiro, Brazil, October 28, 2025. REUTERS/Aline Massuca

Moradores do Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, denunciaram sinais de execuções sumárias entre as vítimas encontradas após uma vasta operação policial na região. Segundo relatos, parte dos corpos apresentava marcas de tiros na nuca e nas costas, além de indícios de facadas.

Operação Policial em Larga Escala no Rio

A operação, denominada Contenção, visava desarticular o Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão. A ação mobilizou 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e gerou confrontos intensos na zona norte do Rio, tornando-se a mais letal da história do estado, com um saldo de 72 mortos, incluindo quatro policiais.

Militares em operação no Rio de Janeiro, com foco em combate ao crime organizado.
Agentes em ação durante operação policial no Rio de Janeiro.

Transporte de Vítimas e Procedimentos de Necropsia

Durante a madrugada, mais de 60 corpos foram encontrados em uma área de mata, apresentando ferimentos visíveis. Outras seis vítimas foram levadas por populares ao Hospital Estadual Getúulio Vargas. As remoções dos corpos da mata foram realizadas por moradores e pelo Corpo de Bombeiros, sem a participação imediata da Polícia Civil. O transporte foi feito com rabecões da Defesa Civil. O Instituto Médico-Legal (IML) do Rio foi fechado para receber exclusivamente as vítimas da operação, com outros casos sendo transferidos para o IML de Niterói.

Drone utilizado em ataques com explosivos durante operação policial no Rio.
Drones foram empregados em ataques com explosivos durante os confrontos.

Traficantes e Tecnologia Militar na Zona Norte do Rio

Investigações apontam que um militar da Marinha teria auxiliado o Comando Vermelho a utilizar drones equipados com explosivos contra policiais. Essas Táticas demonstram uma integração preocupante entre o tráfico de drogas e tecnologia militar. Um traficante, apontado como mandante da execução de um delator do PCC em Guarulhos, teria escapado da megaoperação e segue sendo procurado pelas autoridades.

O debate sobre a violência e a atuação policial no Rio de Janeiro se intensifica com estes eventos, levantando questões sobre os métodos empregados e o respeito aos direitos humanos em operações de combate ao crime organizado. A investigação sobre as circunstâncias das mortes e o uso de tecnologia militar continua em andamento.

Fonte: InfoMoney

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