O ouro tem se consolidado como um ativo de refúgio, especialmente em 2025, com cotações ultrapassando US$ 4.300 por onça. O metal ganha destaque nas carteiras de investidores que buscam segurança em um cenário global de incertezas.
Historicamente, o ouro se valoriza em momentos de turbulência no Mercado, como preocupações com juros, inflação, câmbio e crises internacionais. Sua principal função é a proteção do capital, e não a multiplicação rápida de recursos.
É importante notar que o ouro, cotado em dólar, está sujeito a oscilações cambiais e expectativas sobre as taxas de juros nos Estados Unidos. O metal tende a subir quando há expectativa de cortes nos juros americanos e a perder força quando as taxas sobem.
Analistas indicam que um Federal Reserve mais inclinado a reduzir juros, somado a tensões comerciais, pode sustentar a valorização do ouro. Há projeções de que o metal possa atingir US$ 5.000 no médio prazo.
Outro fator que impulsiona o ouro é a recomposição de suas reservas por parte de bancos centrais e grandes fundos. A incerteza fiscal em economias importantes tem levado investidores a buscar ativos reais, reafirmando o papel do ouro como reserva de valor.
Investir em ouro exige atenção, pois envolve Custos, impostos e a sua performance depende do contexto de mercado e da estratégia adotada.
O que considerar antes de investir em ouro
O primeiro passo para investir em ouro é definir o seu objetivo. Se a meta é proteger o poder de compra a longo prazo e diversificar a carteira, o ouro pode ser uma boa opção. No entanto, se a intenção é obter ganhos rápidos, a frustração pode ser maior.
Em períodos de incerteza, o ouro surge como uma alternativa de ativo seguro. Contudo, o pequeno investidor precisa avaliar quando precisará do dinheiro. Para objetivos de curto prazo, títulos mais conservadores podem ser mais adequados.
É fundamental entender que o ouro não é infalível nem previsível. Ele pode se manter estável por longos períodos ou cair mesmo diante de notícias positivas. Uma noção clara sobre essas características ajuda a investir em ouro de forma mais consciente, ajustando as proporções e as expectativas.
Além disso, é crucial analisar a liquidez e os custos associados a cada modalidade de investimento.
Formas de investir em ouro
Existem diversas maneiras de investir em ouro, desde o contato direto com o metal físico até opções digitais acessíveis por meio de plataformas online. A escolha ideal depende do perfil, conhecimento e objetivos de cada investidor.
Ouro físico
O ouro físico, na forma de barras ou moedas, oferece uma sensação de segurança tangível. O investidor possui a posse direta do metal, sem depender de intermediários. No entanto, essa modalidade requer cuidados com o armazenamento seguro, seja em cofres particulares, bancos ou empresas especializadas em custódia.
Ouro na bolsa
Para quem busca agilidade e já está familiarizado com o mercado de capitais, investir em ouro pela bolsa de valores é uma opção atraente. As modalidades incluem:
- ETFs de ouro: Fundos negociados em bolsa que replicam a cotação do ouro (ex: GOLD11, AURO11, GLDX11).
- BDRs de ETFs: Certificados que representam cotas de ETFs internacionais.
- Contratos futuros: Acordos para comprar ou vender ouro em uma data futura por um preço pré-determinado.
- Ações de empresas do setor: Participação em companhias mineradoras de ouro.
Investir em ouro via bolsa proporciona liquidez, com a possibilidade de negociação intraday em muitos casos. Não há custos de armazenamento, pois os ativos são financeiros. Contudo, ETFs possuem taxa de administração, e o desempenho em reais é afetado pela variação do dólar.
O investimento em ações de mineradoras depende não apenas do preço do ouro, mas também da gestão e dos resultados das empresas. Uma análise financeira criteriosa é essencial.
Fundos de investimento com ouro
Existem fundos multimercado e fundos específicos que incluem o ouro em suas carteiras. Essa opção oferece praticidade e diversificação automática, com acompanhamento simplificado pelo app da corretora. As taxas de administração costumam ser mais elevadas que as de ETFs, e muitos fundos multimercado combinam ouro com outros ativos de risco para buscar maior rentabilidade.
Fonte: InfoMoney