Projeto Antifacção: Penas Ampliadas para Crimes Organizados no RJ

Projeto antifacção propõe penas de até 30 anos para crimes organizados. Saiba os detalhes da nova legislação que visa combater facções no Brasil.
projeto antifacção — foto ilustrativa projeto antifacção — foto ilustrativa

A recente megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV) evidenciou a urgência do debate legislativo sobre o enfrentamento à criminalidade organizada. Em resposta, o Ministério da Justiça e Segurança Pública apresentou à Casa Civil um projeto que busca endurecer as penas para crimes associados a facções, propondo sentenças de até 30 anos.

Nova Pena para Integração em Facções

O projeto propõe um aumento significativo na pena para quem integra, promove ou financia uma organização criminosa. A pena atual, que varia de 3 a 8 anos, seria elevada para 5 a 10 anos de reclusão.

Criação do Crime de Organização Criminosa Qualificada

Uma das inovações do texto é a criação do crime de “organização criminosa qualificada”. Esta modalidade será configurada quando a atuação do grupo envolver o controle de territórios ou de atividades econômicas através de violência ou ameaça. A pena para este crime seria de 8 a 15 anos de Prisão, sendo considerado hediondo, inafiançável e sem possibilidade de indulto ou anistia.

Corpos em praça no Rio de Janeiro após operação.
Cena de tensão no Rio de Janeiro após letal operação policial.

Homicídio Planejado por Facção: Pena de até 30 Anos

O projeto estabelece que o crime de homicídio praticado a mando de uma organização criminosa qualificada poderá ter pena de 12 a 30 anos de prisão. Essa medida visa coibir assassinatos direcionados por grupos criminosos.

Aumento de Pena em Casos Específicos

A proposta também prevê o aumento da pena em diversas situações, como:

  • Uso de arma de fogo restrita ou proibida e explosivos.
  • Ocorrência de morte ou Lesão corporal contra agentes de segurança.
  • Participação de Crianças ou adolescentes no crime.
  • Envolvimento de servidores públicos na organização criminosa.
  • Infiltração do crime em licitações e contratos públicos.
  • Atuação transnacional e envio de dinheiro para o exterior.

Advogados em reunião, discutindo medidas legais.
Debates jurídicos intensificam discussões sobre o projeto.

Infiltração Policial e Empresas Fictícias

Para combater as facções, o texto autoriza a infiltração de policiais e colaboradores, além da criação de empresas fictícias com o objetivo de desbaratar esquemas criminosos. Essas medidas visam aumentar a eficácia das investigações.

Gravação de Conversas e Intervenção em Empresas

A gravação de conversas entre presos e advogados será permitida, mediante ordem judicial e indícios de que a comunicação sirva a fins criminosos. Além disso, empresas utilizadas por facções poderão sofrer intervenção judicial, com a nomeação de um gestor externo e a Suspensão de contratos públicos.

O projeto agora segue para análise do Congresso Nacional, onde sua tramitação definirá os próximos passos no combate à criminalidade organizada no Brasil.

Fonte: G1

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