Lula vs. EUA: Os Acertos Diplomáticos do Brasil

Descubra os acertos diplomáticos de Lula no confronto comercial e político com os Estados Unidos e como o Brasil se fortaleceu.
Acertos de Lula no confronto com os EUA — foto ilustrativa Acertos de Lula no confronto com os EUA — foto ilustrativa

O recente encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, demonstra a notável competência diplomática do Governo brasileiro. Independentemente dos resultados futuros das negociações, a reversão das tarifas e das medidas da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras indica a abertura de um canal direto com a Casa Branca, um trunfo valioso para Lula.

A habilidade de Lula em conduzir a reunião evitou momentos embaraçosos ou humilhantes, comuns em encontros de Trump com outros líderes mundiais. A personalidade forte e a perspicácia de Lula foram cruciais para sua saída politicamente ilesa do confronto com o imprevisível presidente americano.

Reação Adequada do Brasil às Ameaças Comerciais

Desde a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros e a aplicação da Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes, a resposta do governo Lula tem sido exemplar. O presidente e o Itamaraty defenderam a soberania nacional com firmeza e elegância, sem alimentar o conflito com a potência mundial.

A postura do Brasil em relação à Venezuela também tem sido cautelosa. Apesar de pertencer a um espectro político oposto ao de Trump, Lula tem evitado o confronto direto e a retórica inflamada, diferenciando-se de outras lideranças regionais.

Lula tem acumulado vitórias no cenário comercial e político com os Estados Unidos. A resposta firme, mas ponderada, em Defesa da soberania nacional ressoou positivamente tanto na base petista quanto no centro político, que demonstra uma oscilação entre apoio e rejeição ao governo atual.

Pragmatismo e Lobby Empresarial na Negociação

A inclusão de Geraldo Alckmin nas negociações com os Estados Unidos sinaliza uma abordagem pragmática e civilizada. A vasta lista de exceções ao tarifaço, conquistada com intenso lobby empresarial em ambos os países, mitiga o impacto econômico, embora ele não seja irrelevante.

A aproximação com Trump, iniciada nos bastidores da ONU em Nova York, foi um movimento estratégico de Lula. A sintonia entre os líderes, em parte, deve-se à capacidade de Lula em ser agradável e persuasivo quando necessário.

Desconstruindo a Estratégia Bolsonarista

A articulação entre Lula e Trump representa um duro golpe contra a estratégia bolsonarista de antagonizar Brasil e Estados Unidos. As ações de Eduardo Bolsonaro, buscando prejudicar o próprio país para auxiliar o pai, o expuseram a acusações de antipatriotismo, intensificadas por símbolos como a bandeira americana em manifestações.

Com a recente aproximação entre Lula e Trump, Eduardo e os bolsonaristas enfrentam não apenas a pecha de traidores, mas também de incompetentes e desastrados. Enquanto isso, Lula consolida suas credenciais de estadista, demonstrando habilidade em dialogar com presidentes americanos, mesmo em contextos adversos.

Fonte: Estadão

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