Eduardo Bolsonaro entra no cadastro de devedores da Câmara por faltas

Eduardo Bolsonaro é incluído no cadastro de devedores da Câmara por R$ 13,9 mil em faltas injustificadas. Deputado mora nos EUA e enfrenta risco de perder mandato.
Eduardo Bolsonaro devedor Câmara — foto ilustrativa Eduardo Bolsonaro devedor Câmara — foto ilustrativa

A Câmara dos Deputados incluiu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no cadastro de devedores do setor público federal. A Casa busca cobrar do parlamentar uma dívida de R$ 13,9 mil por faltas injustificadas em março. O deputado federal Eduardo Bolsonaro mora nos EUA desde o início do ano e tenta exercer o mandato à distância.

Contexto da Cobrança e Dívida

As cobranças contra Eduardo Bolsonaro referem-se a quatro ausências injustificadas em março. De acordo com a Câmara, o parlamentar não justificou nenhuma dessas ausências, que somam R$ 13.941,40. Pelas regras internas, faltas sem justificativas podem ser descontadas dos salários dos parlamentares.

Eduardo Bolsonaro em evento na Câmara dos Deputados.
Foto de Eduardo Bolsonaro em evento na Câmara dos Deputados.

Medidas Adicionais e Próximos Passos

A Câmara informou que também enviará um ofício para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que avaliará se a cobrança pode ser incluída na Dívida Ativa da União. A cobrança foi emitida após o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar que a Câmara tomasse providências sobre o uso de recursos públicos para financiar a estadia do parlamentar nos EUA.

A Câmara tentou cobrar o valor na folha de pagamento de março, mas não encontrou saldo suficiente. Sem ter de onde tirar o montante, a Casa passou a tentar realizar a cobrança de forma individualizada. O gabinete de Eduardo foi notificado e recebeu o boleto da cobrança em agosto. Com o vencimento da guia em setembro, a Câmara deu início aos trâmites formais.

Situação do Mandato e Ausências

O nome de Eduardo Bolsonaro foi incluído no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). Até julho, ele estava afastado do mandato por conta de uma licença, o que impedia a contagem de faltas. Sem possibilidade de renovar o afastamento, Eduardo reassumiu automaticamente o mandato e tem acumulado faltas injustificadas desde agosto.

Das 55 sessões ocorridas em 2025, Eduardo Bolsonaro faltou a 40, o que equivale a mais de 72,7%. O excesso de ausências pode levar à perda do mandato de forma administrativa, conforme previsto na Constituição, que determina a perda do mandato se o parlamentar deixar de ir a um terço ou mais das sessões de votações ao longo do ano. Contudo, a análise das faltas deve ocorrer apenas em 2026, pelas regras internas da Câmara.

Fonte: G1

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