Estados Unidos e Japão assinaram um acordo-quadro estratégico com o objetivo de assegurar o fornecimento de minerais críticos e terras raras. O pacto visa fortalecer as cadeias de suprimento por meio de mineração e processamento coordenados, conforme anunciado pela Casa Branca.
![](<figure><img src="https://f.i.uol.com.br/fotografia/2025/10/27/1761613538690016e2a077f_1761613538_3x2_md.jpg" alt=""><figcaption></figcaption></figure>)
Contexto Geopolítico e Econômico
O acordo foi selado durante a visita oficial do presidente americano ao Japão. Ambos os países buscam diversificar suas fontes de suprimento, especialmente diante da concentração da produção e processamento de terras raras na China, que detém mais de 90% do mercado global e recentemente impôs restrições à exportação. Os EUA, em particular, têm uma única mina de terras raras em operação e buscam garantir o acesso a minerais essenciais para setores como veículos elétricos, Defesa e manufatura avançada.
Cooperação e Investimentos Estratégicos
Segundo o comunicado oficial, EUA e Japão se comprometem a cooperar utilizando ferramentas de política econômica e investimentos direcionados para estimular o desenvolvimento de mercados mais diversificados e justos para esses minerais. O acordo inclui a simplificação e desburocratização de prazos e processos de Licenciamento, além do combate a práticas comerciais injustas.
Os dois governos também explorarão um arranjo complementar de estoque estratégico e a colaboração com outros parceiros internacionais para reforçar a segurança da cadeia de suprimentos. Como parte de acordos anteriores, Tóquio já havia prometido investimentos estratégicos, empréstimos e garantias totalizando US$ 550 bilhões aos EUA, em troca de alívio de tarifas de importação.
Impacto e Perspectivas Futuras
A colaboração bilateral visa reduzir a dependência da China e garantir o Acesso a materiais cruciais para a economia moderna. Os Estados Unidos buscam fortalecer sua base industrial e tecnológica, enquanto o Japão reforça sua segurança econômica e energética. A iniciativa também reflete um esforço conjunto para criar um ambiente global mais estável para o comércio de commodities essenciais.
Durante a visita, foram divulgados projetos em áreas como energia, inteligência artificial e minerais críticos nos quais empresas japonesas consideram investir até US$ 400 bilhões. Esses investimentos podem ajudar a amenizar as exigências americanas de maior participação do Japão em sua própria segurança, diante de uma China cada vez mais assertiva. A primeira-ministra japonesa destacou seu compromisso em acelerar o aumento dos gastos com defesa para 2% do PIB.
Fonte: Folha de S.Paulo
