Petrobras: Magda Chambriard reafirma interesse na África e Foz do Amazonas

Magda Chambriard, presidente da Petrobras, reafirma interesse em projetos na África e na Margem Equatorial, mesmo com foco no pré-sal.
Petrobras África Foz do Amazonas — foto ilustrativa Petrobras África Foz do Amazonas — foto ilustrativa

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, garantiu que o avanço do projeto da estatal na Margem Equatorial brasileira não diminui a busca por novas reservas, incluindo a atuação Internacional. Segundo a executiva, o interesse pelo continente africano permanece inalterado.

Petrobras: Busca por Reservas Internacionais

A Petrobras tem direcionado seus esforços para o mercado internacional em busca de reservas, com foco em países como África do Sul, Angola, Namíbia e São Tomé e Príncipe. Questionada sobre a participação em projetos na Namíbia, em Parceria com a Galp, Chambriard declarou que a empresa está estudando a possibilidade, mas que a decisão final exigirá muito esforço e um estudo aprofundado para garantir que seja um empreendimento vantajoso e construído em conjunto.

Magda Chambriard reiterou a importância da exploração para o futuro das empresas de petróleo, afirmando que o petróleo produzido pela Petrobras é realizado de forma “mais que econômica” e que a companhia cumprirá todas as suas metas estabelecidas no Acordo de Paris. Ela também destacou o vasto potencial petrolífero do Brasil, que se estende do Amapá à Bacia de Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Sobre a Contratação de empresas locais no Amapá para o projeto na Foz do Amazonas, a presidente indicou que uma colaboração com o Governo do Amapá está em andamento, e que os resultados serão comunicados assim que disponíveis.

Transição Energética e Inovação na Petrobras

Chambriard assegurou que a Petrobras manterá a mesma responsabilidade demonstrada em projetos como o pré-sal, em relação à transição energética. Ela lembrou que, há 15 anos, muitos duvidavam da viabilidade de atuar no pré-sal, mas a empresa provou sua capacidade. Atualmente, a companhia enfrenta o desafio da transição energética justa, com o compromisso de manter sua relevância e cumprir suas promessas até 2050, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo a segurança energética do Brasil.

Em sua participação na OTC Brasil 2025, um dos principais eventos de tecnologia offshore, realizada no Rio de Janeiro, Magda Chambriard ressaltou que a Petrobras buscará inovar nos próximos 72 anos para se adaptar a um novo cenário global, integrando a transição energética com a produção de petróleo de baixas emissões. A empresa tem se destacado pelo crescimento com competência e responsabilidade, avaliando constantemente seu portfólio e buscando ganhos de produtividade.

Ela mencionou que o campo de Búzios está próximo de atingir a marca de 1 milhão de barris por dia (bpd). O FPSO Almirante Tamandaré já registrou 270 mil bpd, uma produção comparável à de alguns países, e Chambriard brincou que a empresa “vai entrar pro Guinness nesse ritmo”.

Licença na Margem Equatorial e Desafios do Setor

A presidente da Petrobras explicou que os três poços contingentes ao poço exploratório Morpho, localizado no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas, só serão perfurados se o primeiro poço apresentar sucesso. Estes poços adicionais já estão incluídos na licença de operação concedida pelo Ibama. A perfuração do poço pioneiro, que determinará a existência de petróleo na região, tem duração prevista de cinco meses e está em fase inicial.

Chambriard confirmou que já há conversas com empresas do Amapá para futuras contratações, embora sem detalhar os acordos. Ela também abordou o cenário desafiador do preço do petróleo, que exige maior eficiência do setor, incluindo a otimização do arcabouço regulatório brasileiro e a busca por preços competitivos e eficiência operacional junto a parceiros.

A executiva elogiou o apoio do governo do Amapá e da comunidade local às novas fronteiras exploratórias, destacando a importância da reposição de reservas para a indústria e considerando a licença obtida como um marco para o Amapá, a Petrobras e o Brasil. Ela expressou confiança na continuidade dos projetos.

Plano Estratégico 2026-2030

O Plano Estratégico da Petrobras para o período 2026-2030 será divulgado em 27 de novembro. Embora haja especulações sobre um corte de investimentos superior a US$ 8 bilhões devido à queda do preço do barril de petróleo, Magda Chambriard não comentou o assunto. Ela destacou que os números de produção do FPSO Almirante Tamandaré representam uma conquista significativa, com a plataforma expandindo sua capacidade de 225 mil para 270 mil barris por dia sem novos investimentos. Isso demonstra a resiliência e o esforço da Petrobras em enfrentar a queda do preço do petróleo com trabalho, tecnologia e eficiência.

O campo de Búzios superou a produção de Tupi em outubro, com 821,8 milhões de barris de bpd. Para atingir a meta de produção de 2 milhões bpd, a Petrobras aguarda a plena operação de novas plataformas, como P-78, P-79, P-82, P-84 e P-85.

Fonte: InfoMoney

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