O Santander (SANB11) se prepara para apresentar seus resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2025 (3T25) nesta quarta-feira (28), antes da abertura do Mercado. A divulgação marca o início da temporada de balanços dos grandes bancos brasileiros, com expectativas de desempenho positivo para a instituição.
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Expectativas da XP para o Santander
A XP Investimentos projeta que o Santander terá uma performance no 3T25 similar ao primeiro semestre, caracterizada por um crescimento modesto na carteira de crédito expandida. O segmento de Pessoas Físicas deve ser impulsionado por financiamentos de veículos e cartões de crédito. Por outro lado, o Agronegócio e o crédito consignado apresentam um ritmo de crescimento mais lento. A carteira de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) deve registrar avanços moderados através das linhas FGI e Pronampe, enquanto o segmento Corporativo se mantém estável, embora suscetível às flutuações cambiais.
Análise do JPMorgan: Pontos Positivos e Negativos
O JPMorgan inclui o Santander entre suas recomendações positivas, embora pondere que o Nubank (ROXO34) seja preterido. Os pontos negativos destacados pela análise do banco incluem o crescimento contido dos empréstimos e da Receita Líquida de Juros (NII), com potenciais riscos de revisões para baixo nas estimativas. O crédito ao consumidor e o atendimento a pequenas e médias empresas continuam a demonstrar bom desempenho. Contudo, grandes corporações podem enfrentar desafios devido a impactos cambiais, considerando que aproximadamente 30% da carteira desses clientes é denominada em dólar.
Em contrapartida, as receitas de tarifas e as despesas operacionais (opex) são apontadas como pontos positivos pela equipe do JPMorgan. A projeção geral do banco para o lucro gerencial do Santander no trimestre é de R$ 3,8 bilhões, representando um aumento de 4% em relação ao trimestre anterior, o que resultaria em um Retorno sobre Patrimônio (ROE) de 16,6%.
Perspectiva do Goldman Sachs e Riscos
O Goldman Sachs avalia que o Santander deverá reportar resultados estáveis, em um cenário onde a Receita Líquida de Juros (NII) do mercado permanece sob pressão. A análise do banco aponta para maiores desafios nos lucros do Santander, reflexo de um crescimento de crédito relativamente mais lento e um aumento no custo do risco. Por essa razão, o Goldman Sachs identifica riscos de queda nas expectativas do consenso de mercado para o Santander Brasil, o que justifica sua recomendação de Venda para as ações do banco.
A temporada de balanços do 3T25 promete trazer mais clareza sobre a saúde financeira dos bancos e o cenário econômico para os próximos trimestres. Investidores e analistas estarão atentos aos indicadores de inadimplência, margens de lucro e expansão de carteira de crédito, elementos cruciais para avaliar o desempenho e as perspectivas futuras do setor bancário brasileiro.
Fonte: InfoMoney