Berkshire Hathaway: Rara recomendação de venda acende alerta

Berkshire Hathaway recebe rara recomendação de venda de analistas por riscos em lucros e preocupações com a sucessão de Warren Buffett. Saiba mais.
Berkshire Hathaway recomendação de venda — foto ilustrativa Berkshire Hathaway recomendação de venda — foto ilustrativa
Warren Buffett

A Berkshire Hathaway, conglomerado de Warren Buffett, enfrenta um cenário incomum com uma rara recomendação de venda emitida por analistas. As preocupações se concentram na perspectiva de lucros futuros e na iminente sucessão de Buffett.

A Keefe, Bruyette & Woods (KBW) rebaixou a recomendação das ações Classe A da Berkshire para ‘desempenho abaixo do Mercado‘, citando uma série de fatores desfavoráveis. Atualmente, esta é a única recomendação de venda entre os analistas que cobrem a empresa, segundo dados da Bloomberg.

Análise de Riscos e Preocupações com a Sucessão

O analista Meyer Shields destacou em nota recente que ‘muitas coisas estão se movendo na direção errada’ para a Berkshire. Ele expressou preocupações contínuas com a incerteza macroeconômica e o desafio único da sucessão de Warren Buffett. Shields adverte que as ações podem ter desempenho inferior à medida que os desafios nos lucros se manifestarem.

No início deste ano, a Berkshire Hathaway nomeou Greg Abel, atual vice-presidente, como o sucessor de Buffett na posição de CEO. O renomado investidor, que tem Buffett como mentor, passará o controle do gigante de US$ 1,2 trilhão — construído ao longo de décadas em uma das empresas mais valiosas do mundo — a partir de 1º de janeiro. O portfólio da Berkshire inclui participações significativas em empresas como Apple e American Express, além de um vasto conjunto de negócios nos setores de seguros, energia, ferrovias e consumo.

Warren Buffett comemorando resultados.
Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway.

Desempenho Recente das Ações e Projeção Futura

As ações Classe B da Berkshire Hathaway registraram uma queda de aproximadamente 1% na última segunda-feira. No acumulado do ano, a valorização foi de apenas 7,8%, significativamente inferior aos 16% de ganho do índice S&P 500 no mesmo período. Esta performance inferior pode ser exacerbada pela ‘divulgação infelizmente inadequada sobre a sucessão, que provavelmente desestimulará investidores quando eles não puderem mais contar com a presença do Sr. Buffett’, pontuou Shields.

Gráfico mostrando crescimento da BRF.
BRF busca diversificar e expandir negócios.

Desafios nas Unidades de Negócios e Impacto Macroeconômico

A KBW projeta que a Berkshire continuará a ter um desempenho aquém do esperado devido a desafios persistentes ou emergentes em diversas unidades de negócio. Entre as áreas de atenção estão GEICO (seguros), Berkshire Hathaway Reinsurance Group (resseguros), receitas de investimentos, Berkshire Hathaway Energy e Burlington Northern Santa Fe (ferrovias).

As preocupações incluem o pico da margem de subscrição da GEICO, a queda nas taxas de resseguro de catástrofes, a expectativa de taxas de juros de curto prazo mais baixas e a pressão tarifária sobre as ferrovias. Além disso, o risco de redução de créditos fiscais para energia alternativa é apontado como um fator que poderá impulsionar o desempenho inferior nos próximos 12 meses.

Fonte: InfoMoney

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