A Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, dos irmãos Batista, anunciou a aquisição de três termelétricas no Acre, anteriormente pertencentes à Rovema. As usinas, com uma capacidade instalada total de 69,4 megawatts (MW), são cruciais para o abastecimento de aproximadamente 30 mil unidades consumidoras, representando cerca de 20% das ligações elétricas do estado.

Esta transação marca a expansão geográfica da Âmbar, que até então não operava no Acre, ampliando sua atuação para 11 estados brasileiros. O valor da negociação não foi divulgado, e a conclusão da operação está sujeita à aprovação de órgãos reguladores como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Expansão e Portfólio de Geração
As usinas adquiridas – Cruzeiro do Sul (52,8 MW), Feijó (7,2 MW) e Tarauacá (9,4 MW) – operam com óleo combustível em seus respectivos municípios. O presidente da Âmbar Energia, Marcelo Zanatta, destacou o fortalecimento da presença da empresa na Região Norte e a diversificação do portfólio de geração. “Reafirmamos nosso compromisso com a segurança energética e com o fornecimento contínuo de energia às comunidades locais”, afirmou Zanatta.
A Âmbar Energia tem demonstrado um apetite considerável por usinas termelétricas, mesmo aquelas movidas a combustíveis mais poluentes, que têm sido objeto de desinvestimento por outras grandes companhias. Paralelamente, a empresa tem expandido seu portfólio com fontes renováveis e menos poluentes, incluindo projetos nucleares.
Aquisições Recentes e Estratégia de Mercado
Recentemente, a Âmbar surpreendeu o Mercado ao anunciar um acordo para adquirir a participação da Eletrobras na Eletronuclear, responsável pelas usinas de Angra 1 e 2. Em outubro, a companhia também firmou acordo para a compra da distribuidora Roraima Energia e de quatro termelétricas no estado, ambos ativos do grupo Oliveira Energia.
Ao longo do mesmo mês, a Âmbar concluiu outras transações significativas, como a compra da termelétrica a gás natural Santa Cruz (da Axia Energia), a termelétrica a óleo diesel Goiânia II (da GNPW Participações) e quatro usinas hídricas (Machado Mineiro, Sinceridade, Martins e Marmelos) para a Âmbar Hidroenergia, anteriormente de propriedade da Cemig.
Fonte: Estadão