Fed: Scott Bessent anuncia finalistas para a presidência; Trump decide até fim do ano

Scott Bessent anuncia finalistas para presidência do Fed; Donald Trump deve escolher o sucessor de Jerome Powell até o fim do ano. Saiba quem são.
Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA, anunciando finalistas para presidência do Fed. Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA, anunciando finalistas para presidência do Fed.

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, confirmou nesta segunda-feira (27) os cinco finalistas na disputa para suceder Jerome Powell na presidência do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, a partir de maio de 2026. A decisão final caberá ao presidente Donald Trump, que pretende anunciar o nome escolhido até o final deste ano.

Finalistas para a liderança do Fed

O grupo de candidatos à presidência do Fed foi reduzido a cinco nomes, incluindo membros atuais e ex-integrantes de órgãos importantes. Os selecionados são: Christopher Waller e Michelle Bowman, atuais membros do conselho do Fed; Kevin Warsh, ex-governador do Fed; Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca; e Rick Rieder, executivo da BlackRock Inc. Bessent, responsável pela condução das entrevistas, indicou que uma nova Rodada de conversas ocorrerá antes da apresentação de uma proposta formal a Trump, prevista para após o feriado de Ação de Graças.

Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA, anunciando finalistas para presidência do Fed.
Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA, conduziu as entrevistas para a sucessão de Jerome Powell.

Donald Trump tem expressado Críticas frequentes a Jerome Powell, alegando que as políticas do atual presidente do Fed prejudicam a economia ao não reduzir as taxas de juros. Trump reiterou sua expectativa de uma decisão sobre o indicado antes do fim do ano, buscando uma redução mais expressiva nos juros, possivelmente em até três pontos percentuais, algo que Powell até agora não sinalizou.

Contexto da Política Monetária e o Próximo Presidente

A expectativa do Mercado é que o Fed anuncie um corte de 25 pontos-base em sua taxa de juros nesta quarta-feira (29), o segundo consecutivo. Contudo, o banco central americano lida com pressões conflitantes. Embora a desaceleração nas contratações gere temores de aumento do desemprego, parte do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) demonstra preocupação com a inflação, que permanece acima da meta de 2% do Fed. Sinais de crescimento robusto no terceiro trimestre também indicam cautela em relação a cortes excessivos nas taxas.

O nome escolhido para suceder Powell, cujo mandato como presidente termina em maio, mas como governador se estende até 2028, assumirá um cargo de grande responsabilidade. O novo presidente será nomeado para um mandato de 14 anos como governador do Fed e precisará de confirmação do Senado. Este indivíduo terá a tarefa de equilibrar as expectativas de Trump por juros mais baixos com a necessidade de manter a Confiança dos investidores e a estabilidade econômica.

A escolha do novo presidente do Fed terá implicações significativas para a política monetária americana e os mercados globais. A capacidade de navegar entre as pressões políticas e as necessidades econômicas será crucial para o sucesso do próximo líder do banco central dos Estados Unidos.

O Futuro do Fed sob Nova Liderança

A independência do banco central é um pilar fundamental para a credibilidade da política monetária. O novo presidente do Fed enfrentará o escrutínio público e legislativo sobre suas visões econômicas e seu compromisso com a autonomia da instituição. A relação com o Governo e o Congresso, especialmente sob a administração Trump, será um fator determinante para a execução de sua agenda.

A decisão sobre a presidência do Fed não apenas moldará a política de juros nos próximos anos, mas também enviará sinais importantes aos mercados financeiros sobre a direção futura da economia americana. A escolha entre candidatos com diferentes visões econômicas pode refletir a prioridade que a administração Trump dará à política monetária.

Fonte: Valor Econômico

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