A reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, ocorrida na Malásia, gerou repercussão significativa nas redes sociais brasileiras, dividindo opiniões entre apoiadores e opositores do Governo.
Enquanto aliados de Lula celebraram o encontro, filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro criticaram os temas discutidos, especialmente a abordagem sobre sanções e a Venezuela. Eduardo Bolsonaro compartilhou um vídeo com declarações do ministro Mauro Vieira, destacando que os assuntos tratados incluíam a possível injustiça de sanções contra autoridades brasileiras e a mediação de Maduro. Ele ironizou: “Nos poucos minutos com o 01 da economia mundial trataram de… VENEZUELA”.
Alexandre Ramagem também criticou a diplomacia brasileira, sugerindo que cobranças mais efetivas sobre os assuntos tratados ainda virão. Flávio Bolsonaro minimizou o resultado da reunião, afirmando que o governo brasileiro não obteve “nenhuma notícia boa” e reagindo a comentários positivos de Humberto Costa. Carlos Bolsonaro classificou membros do governo de “idiotas”, acusando-os de enganar outros “idiotas” e que o “plano de dominação segue em pleno vapor”.
Aliados celebram diálogo e laços diplomáticos
Em contrapartida, o vice-presidente Geraldo Alckmin elogiou a reunião, vendo-a como prova de “bons motivos para acreditar no diálogo” e um passo para estreitar laços entre Brasil e EUA. A ministra Gleisi Hoffmann destacou que o encontro abriu espaço para debater tarifas impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil, sanções e a paz na América Latina, ressaltando a atuação de Lula como “verdadeiro líder”. Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura, classificou o encontro como “um grande passo na diplomacia brasileira”, benéfico para ambos os países.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, elogiou a iniciativa, afirmando que “o diálogo e a diplomacia voltaram a ocupar o centro das relações entre Brasil e Estados Unidos”. Ele acrescentou que “quando líderes escolhem conversar, a História agradece” e garantiu o apoio da Câmara à diplomacia brasileira.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, considerou o encontro “muito positivo”, enfatizando a importância do diálogo e da busca por bom entendimento para o fortalecimento das relações bilaterais.
Resultados e próximos passos da negociação
Após a reunião, Lula declarou em pronunciamento que “em breve não haverá mais problemas entre EUA e Brasil“, pressionando as equipes de negociação para uma “solução definitiva”. Donald Trump, por sua vez, mostrou-se mais reservado, afirmando “Vamos ver o que acontece” sobre o pedido brasileiro de revisão de tarifas, mas reconhecendo que “eles gostariam de fechar um acordo”.
Fonte: Estadão