O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou nesta segunda-feira (27) que Washington e Pequim estão em vias de selar um acordo comercial. A declaração surge na véspera de seu encontro com o líder chinês, Xi Jinping, que ocorrerá na Coreia do Sul.
Durante uma conversa com jornalistas a bordo do Air Force One, Trump expressou otimismo, afirmando que “as partes vão chegar a um acordo”. Ele também sugeriu que um entendimento sobre o futuro do TikTok nos EUA pode ser concretizado ainda nesta semana.
A fala de Trump ocorre em meio a uma série de compromissos diplomáticos e comerciais na Ásia. Nos últimos dias, o presidente americano assinou novos acordos com a Malásia e o Camboja, focados em comércio e minerais, além de marcos de cooperação com a Tailândia e o Vietnã. Estes países, membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), comprometeram-se a reduzir barreiras comerciais, aumentar a importação de produtos agrícolas e energéticos dos EUA, e cooperar em controles de exportação e sanções internacionais.
Os acordos firmados preveem que os EUA manterão tarifas de 19% sobre a maioria das exportações da Malásia, Camboja e Tailândia, com algumas exceções. O Vietnã, que registrou um superávit de US$ 123 bilhões com os EUA em 2024, continuará sujeito a tarifas de 20%, mas em contrapartida, o país se comprometeu a expandir suas compras de bens americanos.
Trump também realizou um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com expectativas de um acordo comercial entre Brasil e EUA nos próximos dias ou semanas. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, indicou que a ameaça de tarifas de 100% sobre produtos chineses foi retirada da mesa, após avanços nas conversas. Ele ressaltou que o novo entendimento pode beneficiar os produtores americanos de soja, que foram impactados pela Suspensão das compras chinesas.
A China deve adiar por um ano a implementação de seus controles sobre a exportação de terras raras. Analistas econômicos sugerem que ambas as potências podem chegar a concessões mútuas, incluindo a retomada das compras chinesas de soja e a manutenção da trégua tarifária atualmente em vigor.
Fonte: InfoMoney