Confiança do Consumidor Brasileiro Sobe Pelo 2º Mês em Outubro

Confiança do consumidor brasileiro sobe pelo 2º mês em Outubro, segundo FGV. Melhora na percepção do presente e expectativas futuras, mas juros altos e inadimplência pesam.
Confiança do consumidor brasileiro — foto ilustrativa Confiança do consumidor brasileiro — foto ilustrativa
Consumidora olha roupas em loja no centro de São Paulo 08/06/2018 REUTERS/Paulo Whitaker

A Confiança dos consumidores brasileiros apresentou um avanço pelo segundo mês consecutivo em outubro, indicando uma melhora na percepção tanto da situação presente quanto das expectativas futuras. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Confiança do Consumidor em Recuperação

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV registrou um aumento de 1,0 ponto em outubro, alcançando 88,5 pontos. Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, destacou que essa segunda alta consecutiva consolida a trajetória de recuperação gradual do indicador, que havia sofrido perdas no final do ano anterior. A recuperação foi impulsionada pela melhora na percepção sobre o presente e as expectativas futuras, com uma influência notável da confiança das famílias de menor renda.

Tanto o Índice de Situação Atual (ISA) quanto o Índice de Expectativas (IE) subiram 1,0 ponto no mês, atingindo 83,0 e 92,8 pontos, respectivamente. O indicador de situação econômica local atual, parte do ISA, avançou 2,3 pontos, chegando a 95,5 pontos. No IE, a situação econômica local futura registrou um avanço de 2,3 pontos, alcançando 106,9 pontos, o maior nível desde outubro de 2024.

Gráfico da taxa de juros Selic no Brasil, refletindo a política monetária.
A taxa básica de juros Selic impacta diretamente a confiança do consumidor.

Fatores que Influenciam a Confiança do Consumidor

Apesar da trajetória positiva, alguns fatores limitam uma melhora mais expressiva. A continuidade do emprego e da renda, juntamente com a queda recente da inflação, contribuem para um consumidor menos pessimista. Contudo, os níveis de inadimplência e a taxa de juros ainda elevada, com a taxa Selic mantida em 15%, representam desafios significativos. O Banco Central indicou que a política monetária entra em uma fase de estabilidade, com a Selic possivelmente inalterada por um período mais longo para atingir as metas de inflação.

Perspectivas Econômicas para o Consumidor

A melhora na confiança do consumidor, mesmo que gradual, é um sinal importante para a economia brasileira. Uma percepção mais positiva sobre o futuro pode estimular o consumo e, consequentemente, o crescimento econômico. No entanto, é crucial monitorar os indicadores de endividamento e o impacto das altas taxas de juros no Orçamento das famílias. Especialistas apontam que a queda da inflação tem um papel fundamental em aliviar a pressão sobre o poder de compra.

A manutenção do emprego e da renda é outro pilar para sustentar essa confiança. Enquanto esses fatores permanecerem estáveis, o consumidor tende a manter uma postura menos receosa. A observação de dados futuros sobre o comportamento de gastos e o nível de endividamento será essencial para prever a continuidade dessa recuperação.

Fonte: InfoMoney

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