Lula: Brasil não quer disputa entre EUA e China; busca parcerias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o Brasil não busca uma disputa entre Estados Unidos e China, mas sim estabelecer parcerias comerciais com todos os países. A afirmação ocorreu durante um fórum de empresários na Malásia, marcando sua primeira agenda no país asiático após um encontro com o ex-presidente americano Donald Trump.

Brasil busca relações comerciais globais

“A gente não quer uma nova disputa de quem é do lado dos Estados Unidos ou do lado da China. A gente quer estar do lado da China, do lado dos Estados Unidos, do lado da Malásia, do lado da Indonésia, do lado de todos os países do mundo que queiram fazer negócios conosco”, disse Lula. Ele enfatizou que o Brasil está de “braços abertos” para o comércio internacional.

Lula ressaltou que o papel do Governo é garantir um ambiente favorável aos negócios, com estabilidade fiscal, econômica, jurídica e política. Ele também mencionou que o Brasil vive um “momento auspicioso” na economia, com crescimento acima da média global, e que a previsibilidade nas decisões governamentais é crucial para atrair e manter investidores.

Oportunidades de negócios no cenário internacional

O presidente incentivou os empresários brasileiros a buscarem oportunidades no exterior, comparando-os àqueles que se limitam a reclamar das altas taxas de juros e da carga tributária no Brasil. “Tem dois tipos de empresários no Brasil: aqueles que gostam de viajar, aqueles que gostam de garimpar oportunidades, aqueles que querem vender e comprar, e tem aqueles que ficam no Brasil só se queixando da taxa de juros e da tributação. Vai vencer aqueles que garimpam e que viajam à procura de oportunidades”, declarou.

Contexto da Política Externa Brasileira

A fala de Lula ocorre em um momento de redefinição das relações internacionais do Brasil. O país busca consolidar uma posição de não alinhamento automático com potências globais, priorizando a cooperação econômica e a busca por mercados. Essa estratégia visa diversificar parcerias e fortalecer a economia nacional em um cenário geopolítico cada vez mais complexo.

Fonte: InfoMoney