Lula e Trump buscam acordo e distensão em reunião na Malásia

Presidentes Lula e Trump se reúnem na Malásia e prometem acordo, buscando distensionar crise tarifária e tensões comerciais entre Brasil e EUA.
Lula e Trump acordo Malásia — foto ilustrativa Lula e Trump acordo Malásia — foto ilustrativa

Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram em Kuala Lumpur, na Malásia, com o objetivo de reduzir tensões comerciais e políticas entre Brasil e Estados Unidos. O encontro, realizado neste domingo (26), durou cerca de 50 minutos e contou com a presença de ministros e representantes de ambos os países.

Promessas de Acordo e Boas Notícias

“Vamos chegar a um acordo”, declarou Donald Trump ao final da reunião. Lula, por sua vez, adiantou que “haverá boas notícias” após as conversas. A expectativa é que a reunião marque um ponto de inflexão nas relações bilaterais, especialmente após desentendimentos recentes.

Contexto da Reunião: Tarifas e Sanções

Um dos principais pontos de discórdia abordados foi a tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros. Brasília considera a sobretaxa uma retaliação política, enquanto Washington a classifica como medida de “proteção comercial”. Trump demonstrou otimismo sobre a possibilidade de um acordo, afirmando: “Vamos discutir isso por um tempo. Sabemos o que cada um quer. Acho que conseguiremos fechar bons acordos”. O republicano também elogiou o Brasil, chamando-o de “grande, lindo e cheio de oportunidades”. Durante a conversa com jornalistas, Trump chegou a mencionar Jair Bolsonaro, chamando-o de “direto” e dizendo se sentir mal pelo que aconteceu com ele, sem que Lula comentasse a declaração.

Lula e Trump em reunião bilateral na Malásia para discutir tarifas e acordos.
Encontro entre os presidentes Lula e Trump buscou distensionar crise tarifária.

Divergências na América Latina e Protagonismo do Dólar

Outros temas sensíveis incluem as ações de Washington contra Venezuela e Colômbia. Enquanto Trump endurece o discurso e amplia sanções na América Latina, Lula busca manter uma postura de equilíbrio, defendendo a soberania dos países vizinhos e o diálogo regional. “O Brasil quer um continente forte, mas com respeito entre as nações”, tem defendido o presidente brasileiro. Outro ponto de divergência foi o papel do dólar nas transações internacionais. Lula reiterou a Defesa da diversificação das moedas de troca, especialmente no âmbito do Brics. Trump, por outro lado, rechaçou a proposta e reiterou que poderá elevar tarifas contra países que tentarem reduzir a influência do dólar. Essa divergência evidencia a disputa por protagonismo financeiro global e as diferenças estruturais entre os governos.

Detalhe da reunião entre Lula e Trump, destacando a presença de autoridades de ambos os países.
Autoridades brasileiras e americanas acompanharam o encontro bilateral.

Apesar dos pontos de convergência vislumbrados, as diferenças estruturais e de visão política entre os governos de Brasil e Estados Unidos persistem, indicando que a distensão completa das relações exigirá negociações contínuas e aprofundadas.

Fonte: InfoMoney

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