Lula e Trump confirmam encontro histórico na Malásia neste domingo

Lula e Trump confirmam encontro na Malásia neste domingo para discutir tarifas, sanções e tensões na Venezuela. Veja detalhes.
Encontro Lula Trump — foto ilustrativa Encontro Lula Trump — foto ilustrativa

A Casa Branca confirmou que o presidente Donald Trump se reunirá com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva neste domingo (26) na Malásia. O encontro está agendado para as 4h30, horário de Brasília, durante a participação de ambos em cúpulas com líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Agenda e Expectativas do Encontro

Este será o primeiro encontro oficial entre Lula e Trump desde o início da crise diplomática gerada pela imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, e também desde que Trump assumiu a presidência americana. Lula expressou otimismo sobre a conversa, acreditando que poderá levar a uma solução para as divergências bilaterais. “Eu trabalho com otimismo que a gente possa encontrar uma solução”, declarou.

Presidente Lula discursando em evento internacional.
Presidente Lula em evento internacional.

Trump, por sua vez, confirmou a possibilidade do encontro e sinalizou que pode rever o aumento das tarifas sobre produtos brasileiros “sob as circunstâncias certas”. A expectativa é que a reunião sirva para reorganizar a relação bilateral, que tem sido abalada desde o anúncio das tarifas americanas.

Aproximação Recente e Pauta Diplomática

Os dois líderes têm demonstrado uma aproximação desde setembro, com declarações de “boa química” durante a Assembleia das Nações Unidas. Uma ligação telefônica intermediada pelas diplomacias dos dois países ocorreu no início de outubro, onde Lula solicitou a Trump a revogação de sanções contra autoridades brasileiras e a retirada da sobretaxa de 40% para produtos brasileiros nos EUA. Esses pontos devem ser centrais na discussão.

Lula também pretende abordar as recentes ações dos EUA na Venezuela, criticando tentativas de intervenção em países da América do Sul e defendendo o diálogo diplomático. Ele alertou que tais medidas podem agravar a instabilidade regional e enfraquecer a soberania dos países.

Presidente Trump em evento oficial.
Presidente Donald Trump em compromisso oficial.

Temas Críticos: Tarifaço e Sanções

O “tarifaço” anunciado por Trump, culminando em uma sobretaxa de 50% para produtos brasileiros, será um dos principais focos. O mandatário americano justificou as taxas com argumentos econômicos e políticos, incluindo questões relacionadas ao processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e a liberdade de expressão.

Adicionalmente, os Estados Unidos sancionaram ministros da Suprema Corte brasileira, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, com a Lei Magnitsky, utilizada para punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos ou corrupção. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mencionou uma suposta “caça às bruxas” contra Bolsonaro por parte do ministro.

Tensão na Venezuela e o Papel do Brasil

A escalada militar americana na Venezuela, com a presença de navios de guerra e operações contra o narcotráfico justificadas pelos EUA, também figura na pauta. O Governo de Nicolás Maduro acusa Washington de “inventar uma guerra”, e autoridades venezuelanas alertam para o risco de uma ameaça militar à América Latina. Lula, contrário a intervenções, reforçará a necessidade de diálogo e cooperação, buscando manter a América do Sul e o Caribe como zonas de paz.

Relação Bilateral Pós-Encontro

A avaliação no Palácio do Planalto é que este encontro presencial eleva as discussões a “outro patamar”, sendo um passo crucial para “reorganizar a relação entre Trump e Lula e a pauta entre os dois países”. A relação entre os líderes nunca foi próxima, e tensões anteriores, como o anúncio de tarifas, já haviam esfriado o contato. A expectativa é que este diálogo marque um novo momento nas relações diplomáticas.

Apesar das declarações passadas de Lula sobre a “democracia” e as ações de Trump, a recente aproximação e a necessidade de resolver questões comerciais e diplomáticas impulsionam este importante encontro.

Fonte: G1

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