O Bradesco, um dos principais credores bancários da Ambipar Participações e Empreendimentos SA, está utilizando uma estratégia legal semelhante à empregada quando a varejista Americanas SA entrou em processo de recuperação judicial. A tática visa recuperar os valores devidos, buscando atingir os bens de indivíduos ligados à empresa.
O Bradesco SA, que detém 390 milhões de reais em dívidas da empresa de gestão de resíduos, entrou com uma ação judicial na terça-feira em um tribunal de São Paulo. O banco busca impedir a integração da Ambipar e de seu diretor de finanças, Thiago da Costa Silva, de vender ativos. A ação alega que Costa Silva e outros executivos podem ser responsabilizados pelos problemas financeiros da companhia.
Contexto da Ação Judicial
A estratégia adotada pelo Bradesco espelha a que foi utilizada no caso da Americanas, que envolveu a busca por responsabilização pessoal de executivos e acionistas em face de dívidas substanciais. Essa abordagem demonstra uma postura mais agressiva por parte de credores diante de dificuldades financeiras de grandes corporações, buscando garantir o recebimento de seus créditos.
Impacto e Próximos Passos
A ação contra Thiago da Costa Silva e outros diretores da Ambipar pode ter implicações significativas na gestão da empresa e na confiança do Mercado. A possibilidade de bens pessoais serem acionados levanta preocupações sobre a governança corporativa e a gestão de riscos dentro da Ambipar. Analistas de mercado monitoram de perto os desdobramentos, pois decisões futuras podem influenciar a forma como credores lidam com situações semelhantes no futuro, especialmente no cenário corporativo brasileiro.
Fonte: Bloomberg