CEO do Itaú: Foco no Longo Prazo Melhora Desempenho Futuro

CEO do Itaú, Milton Maluhy, revela que 80% de suas decisões afetam seu bônus anual, priorizando o longo prazo e a prosperidade de clientes e acionistas. Entenda a estratégia.
CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, em evento, discutindo estratégia de longo prazo e decisões de negócio que impactam bônus. CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, em evento, discutindo estratégia de longo prazo e decisões de negócio que impactam bônus.

O CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, destacou a importância de tomar decisões estratégicas focadas na perenidade da instituição, mesmo que isso signifique sacrificar resultados de curto prazo. Segundo Maluhy, cerca de 80% de suas decisões acabam por impactar negativamente seu bônus anual, mas essa abordagem garante prosperidade futura para clientes e acionistas.

“Quando você está alinhado com os interesses dos clientes e acionistas, vai todo mundo prosperar no longo prazo. Isso não é uma corrida de 100 metros, é um jogo infinito”, afirmou durante o GAN Summit. Ele ressaltou que, apesar da necessidade de divulgar balanços trimestrais e da pressão do Mercado por indicadores melhores, a prioridade é nunca hipotecar o futuro do banco.

A Importância da Adaptação e Liderança

Maluhy celebrou os 101 anos do Itaú Unibanco, enfatizando que a longevidade da instituição se deve à capacidade de se reinventar e à ausência de apego ao passado. Ao assumir a posição de CEO aos 44 anos, ele recebeu total liberdade dos copresidentes do conselho de administração, Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, para promover as transformações necessárias. Essa autonomia reflete uma visão acionária voltada para o futuro, onde a adaptação rápida às mudanças é fundamental para a relevância no mercado.

Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, discute estratégia de longo prazo.
Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, em evento.

Concorrência e o Papel das Fintechs

O CEO também comentou sobre o papel das fintechs no cenário bancário. Ele considera a concorrência benéfica, pois impulsiona a indústria bancária tradicional a se aprimorar. Maluhy admitiu que o Itaú possui a humildade de reconhecer que não detém todo o conhecimento, sendo crucial observar os concorrentes e até outras indústrias para identificar oportunidades e tendências.

No entanto, o executivo apontou que o crescimento das fintechs foi, em parte, alavancado pela digitalização acelerada pela pandemia e pela disponibilidade de recursos com juros baixos globalmente. Ele alertou para a percepção equivocada de que essas empresas oferecem serviços sem custo, mencionando que as taxas de juros rotativos em muitos cartões de crédito de fintechs podem ser mais altas do que as praticadas por bancos tradicionais.

Fonte: Valor Econômico

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