O advogado-geral da União, Jorge Messias, buscou frear a disputa pela sua sucessão no ministério, que se intensificou nos últimos dias. Messias tem comunicado a auxiliares que a “cadeira não está vaga” e que é preciso aguardar os prazos oficiais. A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficialize a indicação de Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana, após seu retorno de uma viagem Internacional.
Disputa pela sucessão na AGU
Pelo menos oito nomes disputam a posição atualmente ocupada por Jorge Messias. Entre os pré-candidatos estão Anelize Almeida, procuradora-geral da Fazenda Nacional; Clarice Calixto, procuradora-geral da União; Adriana Venturini, procuradora-geral federal; Flavio Roman, advogado-geral substituto da AGU; Claudia Trindade, assessora especial de Diversidade e inclusão; Isadora Cartaxo, secretária-geral de Contencioso; Manuellita Hermes, procuradora da AGU; e Rodolfo Cabral, ex-consultor jurídico do Ministério da Educação e atual secretário-executivo adjunto do MEC.
Expectativa para a indicação ao STF
Em conversas recentes, Jorge Messias tem afirmado que não espera nada de Lula, pois o presidente já o alçou ao topo da carreira na advocacia pública federal. No entanto, aliados ressaltam que, apesar da pressão do Senado pela indicação de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao STF, uma série de fatores convergiram para favorecer Messias. Ele conta com o apoio do entorno do presidente Lula, do PT, de movimentos sociais e até de parte da oposição, em parte por ser evangélico.
Interlocutores de Messias lembram que Lula já conseguiu emplacar indicações consideradas polêmicas no STF, como a de seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, e a de Flávio Dino, ministro da Justiça que enfrentou resistências no Congresso Nacional. Argumentam também que, em termos de apoio na oposição, Messias e seu círculo próximo atuaram para reduzir as resistências no Senado às indicações de André Mendonça e Kassio Nunes Marques durante o Governo de Jair Bolsonaro.
Fonte: Estadão
