Inflação nos EUA e Brasil Alivia Mercado; Ibovespa Ganha Novo Ímpeto

Inflação nos EUA e Brasil abaixo do esperado impulsiona o Ibovespa a novos patamares. Entenda o impacto no mercado e as expectativas para juros.
Inflação nos EUA e Brasil — foto ilustrativa Inflação nos EUA e Brasil — foto ilustrativa

O mercado financeiro demonstrou otimismo com a divulgação de dados de inflação mais brandos nos Estados Unidos e no Brasil. Esses indicadores trouxeram um novo fôlego ao Ibovespa, que chegou a flertar com os 147 mil pontos.

Por volta das 11h (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,62%, alcançando 146.619,59 pontos e marcando 147.239,76 pontos em seu pico intraday. O volume financeiro negociado atingiu R$3,07 bilhões.

Inflação no Brasil Abaixo do Esperado

No Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) apresentou uma alta de 0,18% em outubro, segundo o IBGE. Este resultado ficou abaixo dos 0,48% registrados em setembro e também das expectativas do mercado, que projetavam um avanço de 0,25%. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,94%, inferior à previsão de 5,01%.

Economistas do Bradesco destacaram em relatório que a desaceleração foi generalizada entre os grupos de consumo, indicando que fatores além do câmbio estão impulsionando a queda da inflação. A expectativa é que o IPCA encerre o ano em 4,5%.

Gráfico mostrando a evolução do IPCA-15, indicando desaceleração da inflação brasileira.
Evolução do IPCA-15 sugere alívio inflacionário no Brasil.

Dados de Inflação nos EUA Reforçam Expectativa de Cortes de Juros

Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) registrou uma elevação de 0,3% em setembro, um ritmo menor que os 0,4% de agosto e abaixo da projeção de 0,4%, de acordo com o Departamento do Trabalho. Este dado reforça a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) possa iniciar o ciclo de cortes de juros já na próxima semana, e possivelmente em dezembro.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, observa que a inflação ligeiramente abaixo do esperado nos EUA levou à queda do dólar durante a manhã. Ele acredita que os investidores interpretaram o resultado como uma confirmação para o corte de juros pelo Fed.

O índice cheio do CPI nos EUA ficou em 3%, enquanto o núcleo avançou 0,3%. Apesar de ser uma alta em relação a meses anteriores, o cenário aponta para algum alívio. Alimentos e moradia foram os principais vetores de pressão, com a energia também apresentando aumento relevante.

Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, concorda que, embora a inflação ainda esteja acima da meta, o Fed provavelmente manterá o plano de mais um corte na taxa de juros na próxima semana.

Gráfico de barras mostrando a inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos.
Dados de inflação ao consumidor nos EUA abaixo do esperado.

Mercado Acionário e Perspectivas Futuras

Em Wall Street, o índice S&P 500 apresentava elevação de 0,84%, com a temporada de balanços de empresas americanas também capturando a atenção dos investidores.

Pedro Ros, CEO da Referência Capital, avalia que os indicadores recentes apontam para um ambiente de maior previsibilidade, mas a cautela ainda é recomendada. Ele prevê oscilação na Bolsa nas próximas semanas, com a divulgação de novos dados fiscais e corporativos. O movimento estrutural, segundo ele, continua sendo de busca por segurança e previsibilidade, onde a Disciplina é chave para ganhos consistentes.

Gráfico em tempo real do Ibovespa em ascensão.
O Ibovespa reage positivamente aos dados de inflação.

Fonte: InfoMoney

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