Haddad: Governo Lula repudia calote em precatórios e busca equilíbrio

Fernando Haddad repudia calote em precatórios e afirma que governo Lula busca equilíbrio fiscal sustentável. Saiba mais sobre a gestão fiscal do Brasil.
Haddad calote precatórios — foto ilustrativa Haddad calote precatórios — foto ilustrativa
Mnistro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de audiência na Câmara dos Deputados, em Brasília 24/09/2025 REUTERS/Adriano Machado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudia o “calote” em precatórios promovido na gestão anterior. Haddad declarou que prefere ser visto como alguém que gastou demais a ser rotulado como caloteiro, buscando resolver a questão fiscal de maneira sustentável.

Haddad repudia calote em precatórios federais

Durante um seminário sobre precatórios em São Paulo, Haddad destacou que o Executivo federal optou por se ausentar de uma emenda constitucional que permitiu a restrição do pagamento desses títulos judiciais por parte de Estados e municípios. O ministro enfatizou que a União repudiou o calote do governo anterior e não pretende seguir por esse caminho, dada a sua capacidade de financiamento superior à dos entes federados.

A emenda em questão prevê a inclusão gradual dos precatórios da União no cálculo da meta fiscal a partir de 2027, iniciando com 10% do valor estimado, e a contabilização total em no máximo dez anos. Haddad classificou a emenda como “ilegal, inconstitucional e irracional”, informando que ela é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) no Supremo Tribunal Federal (STF), movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Ministro da Fazenda Fernando Haddad discursa sobre economia brasileira.
Fernando Haddad defende gestão fiscal sustentável.

Contexto Fiscal e Histórico dos Precatórios

Em 2021, o Congresso Nacional aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limitou o pagamento de precatórios federais até 2026, resultando em um acúmulo de passivos. No final de 2023, o governo Lula editou uma medida provisória que abriu crédito extraordinário para quitar os precatórios pendentes, sem afetar as regras fiscais vigentes.

Haddad defendeu o alcance do equilíbrio fiscal por meio de métodos sustentáveis, que respeitem a Constituição e as decisões judiciais. “Resolver o problema fiscal desse jeito, qualquer um resolve. Tem que ser de maneira sustentável, e é o que estamos buscando”, declarou o ministro. Ele reiterou que, embora o pagamento de dívidas passadas possa gerar a percepção de gastos excessivos, ele prefere essa imagem a ser considerado um caloteiro.

Gráfico ilustrando o fluxo de pagamentos de precatórios no Brasil.
Precatórios federais são passivos judiciais devidos pelo governo.

Combate à Litigância de Má-Fé

O ministro também criticou a conduta antiética de alguns advogados, mencionando denúncias frequentes de litigância de má-fé. Profissionais estariam buscando Acesso indevido a programas e benefícios sociais para clientes que não preenchem os requisitos legais. Haddad concluiu afirmando a necessidade de zelar pela coisa pública de ambos os lados, Estado e profissionais do direito, em vez de apenas culpar o Estado.

Fonte: InfoMoney

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