A avaliação positiva do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) superou a negativa pela primeira vez desde novembro de 2024, de acordo com pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta sexta-feira (24). O levantamento aponta que 48% dos brasileiros consideram a gestão ótima ou boa, enquanto 47,2% a classificam como ruim ou péssima. Outros 4,8% a consideram regular.
Na pesquisa anterior, realizada em setembro, o governo Lula registrava 46,2% de aprovação e 48% de reprovação. Os que consideravam o governo regular somavam 5,8%.
Aprovação e Rejeição Presidencial
A pesquisa também indica que 51,2% dos brasileiros aprovam Lula, enquanto 48,1% o rejeitam, com uma pequena parcela de 0,6% sem resposta. Em um mês, a aprovação presidencial oscilou 0,4 ponto porcentual para cima, e a rejeição caiu 0,2 ponto porcentual.
Os grupos que mais aprovam o presidente são os idosos (67,9%) e pessoas agnósticas ou ateias (61,3%). Por outro lado, evangélicos (72,2%) e moradores da região Centro-Oeste (62,6%) são os que mais avaliam negativamente o governo Lula.
Principais Acertos e Erros do Governo
Em relação aos principais acertos do governo, foram destacadas a gratuidade para todos os medicamentos do Farmácia Popular e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, ambas citadas positivamente por 83% dos entrevistados. No lado negativo, a cota de empregos para detentos em regime semiaberto ou ex-detentos em licitações públicas foi mal avaliada por 34%, e o imposto sobre sites estrangeiros em compras de até 50 dólares por 33%.
A percepção geral sobre a imagem do governo também foi analisada: 42% veem a imagem do governo muito mais positiva com as medidas recentes, 20,8% não mudam sua percepção, 19,5% a veem muito mais negativa, 11,5% a veem mais positiva e 6,6% a veem mais negativa.
Isenção do Imposto de Renda: Impacto e Percepções
A ampliação da isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas com renda de até R$ 5 mil foi considerada uma boa medida por 84% dos entrevistados. Segundo a sondagem, 52,4% acreditam que a principal motivação do governo foi reduzir a desigualdade de renda, e 60,6% esperam que a medida contribua para diminuir a desigualdade socioeconômica no Brasil.
A cobrança de mais Imposto de Renda de quem ganha acima de R$ 50 mil mensais, como forma de compensar a isenção, conta com a concordância total de 58,5% dos entrevistados. Além disso, 62,9% apoiam a taxação dos mais ricos para financiar programas de combate à pobreza.
Contudo, aumentou para 36,2% o número de pessoas que acreditam que a isenção do IR não ajudará a reduzir a desigualdade. Entre os evangélicos, 61,6% veem a medida com motivação puramente eleitoral. Questionados sobre o impacto na intenção de voto em 2026, 44,7% afirmam que a iniciativa não mudaria sua preferência, enquanto 40,3% declaram que teriam muito mais vontade de votar em Lula com a isenção.
A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg ouviu 14.063 brasileiros entre 15 e 19 de outubro, utilizando recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de 1 ponto porcentual, com índice de confiabilidade de 95%.
Fonte: Estadão