Deputado Lucas Bove é denunciado e pode ser preso por agressão à ex-mulher

MP denuncia deputado Lucas Bove por perseguição e agressão à ex-mulher Cíntia Chagas, pedindo sua prisão preventiva. Entenda o caso.
deputado Lucas Bove Cíntia Chagas — foto ilustrativa deputado Lucas Bove Cíntia Chagas — foto ilustrativa

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou o deputado estadual Lucas Diez Bove (PL) por perseguição, violência psicológica, física e ameaça contra sua ex-mulher, a Influenciadora digital Cíntia Chagas. A promotoria solicitou à Justiça a prisão preventiva do parlamentar, alegando reiterados descumprimentos de medidas protetivas concedidas à educadora.

Denúncia detalha abusos e descumprimento de medidas protetivas

Cíntia Chagas prestou queixa contra Bove no ano passado, relatando abusos físicos e psicológicos durante o relacionamento de mais de dois anos. O MP considera que Bove ignorou determinações judiciais repetidamente, demonstrando “claro desprezo” pelas restrições, mesmo após intimações e advertências.

Segundo a promotoria, o deputado agia sob a crença de impunidade, o que tornava as medidas protetivas insuficientes para garantir a segurança de Cíntia. Bove também teria exposto a vítima a desgaste emocional e revitimização por meio de postagens e insinuações de que ela mentia, “sistematicamente exposta e ridicularizada perante a mídia e opinião pública”, conforme destacou a acusação.

Influenciadora Cíntia Chagas e deputado Lucas Bove.
Influenciadora Cíntia Chagas e deputado Lucas Bove.

Em resposta divulgada em seu Instagram, Cíntia Chagas expressou serenidade e Confiança na Justiça. Ela ressaltou a inaceitabilidade de agressores de mulheres ocuparem cargos públicos e afirmou que “a violência contra a mulher não se circunscreve à esfera privada: constitui crime e afronta à dignidade humana”. A influenciadora também enviou uma mensagem de encorajamento a outras mulheres: “não se calem. O silêncio protege o agressor”.

Deputado nega as acusações e critica feminismo

Por outro lado, Lucas Bove negou as acusações em suas redes sociais. Ele alegou que o MP pediu sua prisão por ele ter “respondido uma pergunta sobre fatos que já eram públicos” e citou um suposto laudo oficial que atestaria a ausência de dano psicológico, que, segundo ele, teria sido ignorado pela delegada responsável. O deputado acusou a ex-mulher de desrespeitar o segredo de justiça e as cautelares que a impedem de falar sobre o caso.

Bove criticou a militância feminista e afirmou ser alvo de “falsas denúncias”. Ele declarou sentir vergonha em nome das “milhares de vítimas reais de violência que muitas vezes deixam de denunciar justamente pela descredibilização que as falsas denúncias trazem à causa”. O parlamentar disse estar com a consciência limpa e confiante na Justiça.

O deputado foi indiciado pela polícia em 29 de setembro pelos crimes de perseguição e violência psicológica contra Cíntia Chagas, com o inquérito encaminhado à Justiça. No entanto, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) arquivou a denúncia contra o deputado por quebra de decoro parlamentar.

Relatos anteriores mencionam que, durante uma discussão, Bove teria arremessado uma faca contra a perna de Cíntia, ferindo-a. Em outra ocasião, ele teria jogado uma garrafa de água na direção dela e ameaçado queimar seus pertences.

Fonte: InfoMoney

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