O Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu um alerta sobre a desaceleração do crescimento econômico na região Ásia-Pacífico. Apesar de continuar sendo a área de expansão mais rápida do Globo, o aumento das tarifas e o protecionismo crescente ameaçam reduzir a demanda por exportações e impactar a atividade econômica local.
Desaceleração Prevista para a Ásia-Pacífico
A expansão asiática no início de 2025 foi impulsionada por exportações robustas, beneficiadas pela antecipação de altas tarifárias. Um ciclo tecnológico ressurgente e condições globais flexíveis também sustentaram a demanda doméstica. Contudo, o FMI projeta que a região fechará 2025 com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5%, uma leve queda em relação aos 4,6% registrados em 2024. A perspectiva para 2026 é de uma desaceleração adicional, com crescimento estimado em 4,1%.
Riscos do Protecionismo e Tarifas Comerciais
As barreiras comerciais e o aumento do protecionismo são apontados como os principais vetores da desaceleração. O FMI destaca que o cenário de tarifas mais altas pode impactar diretamente o volume de negócios e a competitividade das economias asiáticas. Essa tendência global reflete tensões geopolíticas e uma reconfiguração das cadeias produtivas internacionais, que exigem adaptação por parte dos países da região. Análises de Mercado indicam que economias fortemente dependentes de exportações, como a China e o Coreia do Sul, podem sentir os efeitos de forma mais acentuada.
Impacto na Demanda Global e Exportações Asiáticas
O relatório do FMI sugere que a menor demanda global por bens e serviços asiáticos pode ter efeitos em cascata. A resiliência da economia asiática até agora se deve em parte à sua capacidade de inovação e à diversificação de mercados. No entanto, um cenário prolongado de protecionismo comercial exige estratégias robustas para mitigar seus efeitos. Economistas alertam que a perda de dinamismo nas exportações pode levar a ajustes em políticas monetárias e fiscais, além de impactar o emprego e o poder de compra dentro da região. A Ásia, embora resiliente, não está imune às tensões comerciais globais.
Fonte: Bloomberg