STF: Ação contra deputados do PL por desvio de emendas entra na reta final

Ação no STF contra deputados do PL por desvio de emendas entra em fase final. Julgamento pode ocorrer após alegações finais.
desvio de emendas parlamentares — foto ilustrativa desvio de emendas parlamentares — foto ilustrativa

A primeira ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra deputados federais por suposto desvio de emendas parlamentares atingiu sua fase final. O processo, que pode levar ao julgamento dos parlamentares, agora aguarda as alegações finais das partes antes de ser pautado para votação. O caso envolve os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA), além do suplente Bosco Costa (PL-SE).

O ministro Cristiano Zanin, relator da ação, determinou a apresentação das manifestações finais pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, posteriormente, pelos réus. Ele também requisitou certidões de antecedentes criminais de onze tribunais. Após essas etapas, Zanin submeterá o caso ao presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, para agendamento do julgamento.

Entenda a Acusação de Corrupção e Organização Criminosa

A denúncia formalizada pela PGR acusa os três parlamentares de corrupção passiva e participação em organização criminosa. As investigações, que tiveram início em 2020, apontam que os deputados teriam pressionado o então prefeito de São José do Ribamar (MA), Eudes Sampaio, a repassar 25% do valor de emendas parlamentares destinadas à saúde do município. A quantia exigida para a liberação de uma emenda de quase R$ 7 milhões seria de R$ 1,6 milhão.

A Polícia Federal (PF) estima que tais práticas ocorreram por aproximadamente cinco anos, com prefeitos sendo ameaçados de morte caso não cumprissem as exigências de propina. A continuidade das investigações busca esclarecer a extensão e a atuação da suposta organização criminosa.

Posicionamento dos Deputados e Próximos Passos

Em sua Defesa, os deputados Pastor Gil e Bosco Costa negaram qualquer envolvimento nas irregularidades apontadas. Josimar Maranhãozinho, identificado como o líder do esquema, exerceu seu direito de permanecer em silêncio durante os depoimentos. Com as alegações finais apresentadas, o STF caminhará para o julgamento, que definirá o futuro dos parlamentares envolvidos nesta ação penal. A decisão poderá ter repercussões políticas e judiciárias significativas, especialmente no contexto de fiscalização do uso de verbas públicas e emendas parlamentares.

Fonte: Estadão

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