Juros Futuros Fecham em Queda após Virada no Pregão

Juros futuros fecham em queda após recuperação no pregão. Taxas de DI para 2027, 2029 e 2031 registram leve alívio. Entenda os fatores.
Gráfico ilustrativo de taxas de juros futuras em queda. Gráfico ilustrativo de taxas de juros futuras em queda.

Os juros futuros registraram uma leve queda nesta quinta-feira (23), em um movimento de recuperação do mercado de renda fixa na reta final do pregão. As taxas oscilaram próximas aos níveis de ajuste durante a maior parte do dia, mas ganharam fôlego no encerramento, apesar da pressão exercida pelos títulos do Tesouro americano (Treasuries) e pelo leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional.

Movimentação dos Contratos de DI

Ao final dos negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2027 fechou em 13,865%, uma queda em relação aos 13,885% registrados no ajuste anterior. O contrato de DI para janeiro de 2029 cedeu de 13,15% para 13,12%. Já o DI de janeiro de 2031 recuou de 13,43% para 13,405%, demonstrando um leve alívio nas expectativas de juros mais altos.

Gráfico de juros futuros com percentual e taxas em queda.
Gráfico ilustrativo de taxas de juros futuras.

Pressão Externa e Leilão de Títulos

O cenário Internacional apresentou forte alta nos rendimentos dos Treasuries americanos ao longo do dia. Esse movimento foi impulsionado pela valorização do preço do petróleo no mercado futuro, reflexo das sanções impostas pelo Governo americano à Rússia. O rendimento da T-note de dez anos avançou de 3,951% para 4,004%, enquanto o T-bond de 30 anos subiu de 4,532% para 4,575%.

No mercado doméstico, o Tesouro Nacional realizou um dos maiores leilões de títulos prefixados desde março, o que também poderia ter exercido pressão sobre as taxas. No entanto, a melhora observada no final do pregão sugere uma absorção mais favorável desses títulos pelo mercado.

Visualização de dados de mercado financeiro.
Análise gráfica do desempenho do mercado financeiro.

Análise e Perspectivas

A leve queda nos juros futuros, apesar das pressões externas, pode indicar uma maior Confiança do mercado na política monetária brasileira ou expectativas de que a inflação continue sob controle. Especialistas apontam que a capacidade do Banco Central em gerenciar a política monetária, juntamente com indicadores econômicos domésticos favoráveis, tem sido crucial para a estabilidade dos juros. A dinâmica futura dependerá de novos dados de inflação, decisões de política monetária e do cenário macroeconômico global.

Acompanhar as próximas decisões do Copom e as divulgações de indicadores econômicos será fundamental para entender a trajetória dos juros no curto e médio prazo.

Fonte: Valor Econômico

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