Galípolo: Desinflação no Brasil é perceptível, mas inflação segue fora da meta

Presidente do BC, Gabriel Galípolo, diz que Brasil mostra desinflação, mas inflação e expectativas seguem fora da meta. Saiba mais.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, em evento na Indonésia, analisando o cenário de desinflação no Brasil. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, em evento na Indonésia, analisando o cenário de desinflação no Brasil.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (23) que a autoridade monetária está “bastante incomodada” com a inflação persistentemente acima da meta. A declaração foi feita durante sua participação no Fórum Econômico Indonésia-Brasil, em Jacarta.

Desinflação em Curso e Perspectivas para a Selic

Galípolo destacou que, de forma gradual, já é possível observar um movimento de desinflação no Brasil. Esse cenário é resultado direto da política monetária mais restritiva adotada pelo Banco Central. “A inflação e as expectativas seguem fora do que é a meta. Isso é um ponto de bastante incômodo para o Banco Central, mas estamos falando de uma inflação que está num processo de redução e retorno para a meta em função de um Banco Central que vem se mostrando sempre bastante diligente e tempestivo no combate a qualquer tipo de processo inflacionário”, disse o presidente.

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, em evento na Indonésia
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, durante sua participação no Fórum Econômico Indonésia-Brasil.

Diante deste quadro, Galípolo sinalizou que a instituição deve manter a taxa de juros, a Selic, em 15% ao ano por mais um período. O objetivo é garantir que a inflação retorne gradualmente ao centro da meta, sem comprometer o desempenho da economia nacional. “Segundo ele, a inflação fora da meta leva a autoridade monetária a permanecer com uma taxa de juros num patamar elevado e restritivo por um período prolongado para que a gente possa produzir essa convergência”, explicou.

Análise do Cenário Inflacionário

A persistência da inflação acima do alvo é um ponto de atenção para o Banco Central. As expectativas de Mercado também refletem essa preocupação, conforme apontado por Galípolo. A manutenção de juros altos, embora impacte o crédito e o consumo, é vista como ferramenta essencial para ancorar as expectativas e combater pressões inflacionárias vindas de diversos setores da economia.

O Impacto da Política Monetária Restritiva

A política monetária contracionista tem sido o principal instrumento para tentar conter a alta de preços. A expectativa é que, com o tempo, essa postura mais firme do Banco Central comece a surtir efeitos mais consolidados na trajetória da inflação. Analistas de mercado acompanham de perto os próximos comunicados do Copom para avaliar possíveis mudanças no ritmo de corte de juros.

Fonte: Valor Econômico

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