Os mercados domésticos de renda fixa apresentaram um significativo movimento de alívio nesta quarta-feira (22), com as taxas de juros nominais e reais registrando quedas em quase todos os vértices das curvas a termo. Apesar da ausência de direcionadores claros e dos movimentos contidos no exterior, analistas do Mercado atribuem o bom desempenho local a uma movimentação técnica. Investidores voltaram a comprimir os prêmios acrescidos às taxas, revertendo parte do estresse observado nas primeiras semanas de outubro.
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Ao final dos negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento para janeiro de 2027 recuou de 13,925% para 13,88%. A taxa do DI de janeiro de 2029 apresentou queda de 13,205% para 13,145%, e o DI de janeiro de 2031 cedeu de 13,485% para 13,42%.
Juros Reais em Descompressão: Impacto nas NTN-B
No mercado de NTN-B, os juros reais de prazos intermediários e longos fecharam em forte queda, acelerando a descompressão observada nos primeiros dias da semana. A taxa da NTN-B com vencimento para maio de 2035 caiu de 7,70% para 7,65%. Paralelamente, o juro real extraído do papel atrelado à inflação para agosto de 2060 variou de 7,31% para 7,24%, indicando uma expectativa de menor inflação futura ou maior demanda por esses ativos.
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Análise Técnica e Expectativas de Mercado
Analistas apontam que a dinâmica recente sugere uma recalibração das posições por parte dos investidores. Após um período de maior aversão ao risco e demanda por prêmios mais elevados, o movimento técnico desta quarta-feira pode indicar uma busca por ativos de renda fixa em momentos de maior volatilidade. A Falta de notícias econômicas substanciais de destaque no cenário internacional reforça a tese de que fatores técnicos internos estão ditando o ritmo do mercado no curto prazo.
A busca por uma Taxa Selic mais estável, ou mesmo com perspectiva de queda futura, é um dos fatores que podem estar influenciando essa reversão nas expectativas dos investidores. A análise do comportamento dos juros futuros é crucial para entender o humor do mercado em relação à política monetária e à saúde econômica do país.
Fonte: Valor Econômico