A Alcoa Corp. informou que as tarifas de importação dos EUA sobre o alumínio canadense custaram à empresa US$ 69 milhões a mais em seu terceiro trimestre, em comparação com o período anterior. Isso demonstra os impactos contínuos das medidas comerciais da administração Trump sobre o setor.
Impacto das Tarifas no Lucro da Alcoa
A principal produtora de alumínio dos EUA também alertou que os custos com tarifas sobre as importações americanas mais elevadas deverão aumentar em mais US$ 50 milhões durante o quarto trimestre. Esse valor se soma a cerca de US$ 20 milhões em “impactos desfavoráveis” relacionados a problemas de reinício na fundição de San Ciprián, na Espanha, e a vendas de energia de terceiros.
A decisão de impor tarifas sobre o alumínio canadense, que entrou em vigor em 2018, tem sido um ponto de atrito comercial entre os dois países. Especialistas apontam que essas barreiras tarifárias afetam não apenas as empresas produtoras, mas também os consumidores de alumínio em diversos setores da economia.
Perspectivas para o Quarto Trimestre
As projeções da Alcoa para o quarto trimestre indicam uma continuidade dos desafios financeiros relacionados às políticas comerciais. O aumento esperado de US$ 50 milhões em custos tarifários pode pressionar ainda mais as margens de Lucro da companhia, dependendo de sua capacidade de repassar esses custos aos clientes ou de encontrar eficiências operacionais.
Analistas de Mercado observam que a volatilidade nas relações comerciais internacionais e a imposição de barreiras tarifárias criam um ambiente de incerteza para a indústria global de metais. A metalurgia, em particular, é sensível a essas flutuações, pois depende fortemente de cadeias de suprimentos internacionais e da estabilidade do comércio global.
Contexto e Análise do Setor
A Alcoa, como uma das maiores produtoras de alumínio do mundo, serve como um termômetro para a saúde do setor. Os Custos adicionais impostos pelas tarifas de importação podem levar a um reajuste nos preços do alumínio nos Estados Unidos, impactando indústrias que dependem do material, como a automotiva e a de construção civil.
A retomada de fundições e a eficiência energética em suas operações também são fatores cruciais. A empresa busca otimizar seus processos produtivos para mitigar os efeitos negativos das políticas comerciais e garantir a competitividade no mercado global.
Fonte: Bloomberg
