O Senado Federal aprovou, em votação apertada com 57 votos favoráveis e 4 contrários, um projeto de lei complementar (PLP) que autoriza o Executivo a remanejar até R$ 5 bilhões da meta fiscal para gastos estratégicos com a Defesa Nacional. A proposta, que já foi enviada para análise da Câmara dos Deputados, visa flexibilizar o orçamento federal em benefício do setor.
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Entenda a proposta e o apoio governamental
A iniciativa, de autoria do senador Carlos Portinho (PL-RJ), surgiu a partir de um pedido do Ministro da Defesa, José Múcio. Inicialmente, cogitava-se uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reservaria 2% do Orçamento federal para a Defesa, mas o governo considerou que tal medida poderia engessar excessivamente as finanças públicas. O PLP surge como uma alternativa mais flexível.
A inclusão do projeto na pauta do Senado ocorreu após um acordo entre o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e o Governo. O relator da proposta é o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), com apoio da Fazenda, segundo informações do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
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Impacto na meta fiscal e próximos passos
A aprovação da medida permite que o governo, nos próximos seis exercícios financeiros, desvie recursos da meta fiscal para financiar projetos considerados estratégicos para a Defesa Nacional. Essa manobra fiscal representa uma mudança na gestão das contas públicas, priorizando um setor específico.
A expectativa é que, após a aprovação no Senado, a matéria ganhe celeridade na Câmara dos Deputados, onde o governo buscará consolidar a liberação desses recursos. A discussão em torno do financiamento da Defesa Nacional tem sido um tema recorrente no Congresso e no Executivo, buscando um equilíbrio entre as necessidades de segurança e a responsabilidade fiscal.
A decisão reflete a importância dada pelo governo atual à modernização e ao fortalecimento das Forças Armadas, buscando atender a demandas de longo prazo do setor sem comprometer a estabilidade macroeconômica. A aprovação final na Câmara será crucial para a efetivação do remanejamento.
Fonte: Valor Econômico