Bolsonaro: Defesa tem prazo para recorrer de condenação por golpe de Estado

Defesa de Jair Bolsonaro tem prazo até segunda-feira para recorrer de condenação do STF por golpe de Estado. Mauro Cid não irá recorrer.
condenação por golpe de Estado — foto ilustrativa condenação por golpe de Estado — foto ilustrativa

A Defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros aliados condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro tem até a próxima segunda-feira (27) para apresentar recurso. A decisão do STF, que condenou os réus na trama golpista, consolidou a pena para os envolvidos.

Uma exceção notável é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid, que teve sua delação premiada validada pela Primeira Turma e recebeu a pena mais branda entre os condenados (dois anos de prisão), não apresentará recurso, conforme comunicado por sua Defesa.

Prazo para Recurso e Tipo de Embargos

O prazo de cinco dias para a manifestação das defesas começou a contar após a publicação do acórdão, que ocorreu na madrugada desta quarta-feira (22). Os advogados apresentarão os chamados ‘embargos de declaração’. Geralmente, este tipo de recurso não altera o mérito da decisão, servindo para esclarecer omissões, contradições ou dúvidas pontuais no julgamento.

A Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e mais sete aliados por 4 votos a 1. Inicialmente, algumas defesas consideraram a possibilidade de apresentar ‘embargos infringentes’, que poderiam potencialmente reverter o resultado. No entanto, esse recurso é admitido pela turma apenas em casos de pelo menos duas divergências na condenação. Como apenas o ministro Luiz Fux divergiu, absolvendo a maioria, o relator, Alexandre de Moraes, não admitiria o embargos infringentes, que possui um prazo de 15 dias para recurso.

Acusações e Penas Individuais

O grupo foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de conspirar para impedir a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após as eleições de 2022. Jair Bolsonaro foi identificado como o líder da organização e recebeu a pena mais severa: 27 anos e três meses de Prisão.

Contexto Político e Judicial

A decisão do STF reforça o combate a iniciativas que visam desestabilizar o processo democrático. A articulação das defesas para recorrer evidencia a continuidade da disputa judicial e política em torno dos eventos pós-eleitorais de 2022. A atuação do Supremo Tribunal Federal é crucial na manutenção da ordem constitucional e na apuração de responsabilidades.

O caso demonstra a complexidade das investigações e a importância do cumprimento dos prazos legais. A participação de figuras proeminentes e a gravidade das acusações tornam este um dos julgamentos mais relevantes da atual conjuntura política brasileira.

Fonte: Valor Econômico

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