Boulos discute regulamentação de apps com trabalhadores no Planalto

Guilherme Boulos anuncia grupo de trabalho no Planalto para discutir regulamentação de apps com trabalhadores, focando em remuneração, seguro e transparência algorítmica.
Regulamentação de apps — foto ilustrativa Regulamentação de apps — foto ilustrativa

Guilherme Boulos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, anunciou uma iniciativa pioneira para dialogar com trabalhadores de aplicativos. Em Parceria com o Ministério do Trabalho, um grupo será formado para debater a regulamentação dessas plataformas, conforme revelado em entrevista à GloboNews.

O foco principal da discussão será a transparência dos algoritmos que dirigem os trabalhadores. Boulos destacou a importância de entender e ajustar o diálogo com essa categoria, reconhecendo que o campo progressista por vezes erra ao impor sua visão sem escutar as demandas reais dos trabalhadores. “É plenamente possível dialogar com esses trabalhadores a partir da realidade deles e a partir de pontos concretos da sua pauta”, afirmou o ministro.

Eixos da Regulamentação

A proposta de regulamentação abrangerá três eixos centrais: a definição de uma remuneração mínima garantida, a instituição de um grau de seguro e vínculo previdenciário, e a garantia de transparência no funcionamento dos algoritmos das plataformas. Boulos ressaltou a necessidade de adequar a abordagem, ouvindo atentamente as preocupações dos trabalhadores para construir soluções conjuntas.

Contexto Político e Próximos Passos

Boulos expressou otimismo quanto à aprovação das regulamentações pelo Congresso Nacional ainda durante o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Secretaria-Geral da Presidência tem como papel fundamental atuar como ponte entre o Governo e diversos setores da sociedade. O ministro reiterou o convite de Lula para que o governo se posicione mais próximo da população, enfatizando o papel crucial dos movimentos sociais em debates importantes, como os relacionados à PEC da Blindagem e ao PL da Anistia.

O ministro também mencionou o debate sobre o fim da escala 6×1 e a proposta de zerar o Imposto de Renda para 90% da população, medidas que aqueceram o debate público e devem ganhar ainda mais força em 2024.

Perspectivas Futuras e Mandato

Em relação às suas próprias ambições políticas, Boulos indicou o desejo de permanecer no governo até o fim do mandato para executar a missão dada pelo presidente Lula: percorrer o país, dialogar e ouvir as pessoas. Embora não tenha descartado a possibilidade de concorrer em 2026, o foco atual é na atuação ministerial. O PSOL, partido de Boulos, considera seu nome para uma potencial disputa ao Senado por São Paulo.

Fonte: Estadão

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